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‘Não vamos virar banco’, diz CEO do Magazine Luiza ao lançar conta digital

Presidente da empresa, Frederico Trajano planeja acoplar o serviço a um aplicativo já existente, que conta com 20 milhões de usuários

Por Victor Irajá 13 dez 2019, 15h28

“Sempre que entramos é de maneira massiva.” Com essa frase, o CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, explicou o lançamento da conta digital da empresa, a Magalu Pagamentos, que estará disponível para os clientes a partir de janeiro. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 13, durante um evento na sede da companhia. Trajano revelou que a conta digital, diferentemente das concorrentes, não será disponibilizada por um aplicativo independente, mas, sim, como parte do app multitarefa da companhia. “Não vamos virar banco. Um dos grandes diferenciais da nossa conta é que ela nasce em uma parceria com o Banco do Brasil. Nenhuma outra conta no mercado tem integração com um grande banco”, disse o executivo.

Trajano explicou que a estratégia de acoplar o serviço ao aplicativo envolve usar a base de consumidores já usuária da sua plataforma. “Temos 20 milhões de pessoas com o app, sendo que 12 milhões deles utilizam todo mês. Faz muito sentido oferece a conta digital na plataforma para não ter o esforço de trazer clientes novos e fazer essa migração”, explicou. O aplicativo do Magazine Luiza funcionará em uma parceria com o Banco do Brasil, e, apesar de não ser banco, terá suas funções ungidas com o serviço de crédito da empresa, o LuizaCredit. 

A priori, os serviços estarão disponíveis para compras em lojas que utilizem o sistema do Magazine Luiza e para o pagamento de suas aquisições nas lojas físicas da empresa — mas o foco, afirma o CEO, será na digitalização da marca. “Nosso e-commerce cresceu 90% em relação ao ano passado e acreditamos que vamos crescer acima do mercado, temos condições para isso”, diz. Segundo o executivo, o plano com o aplicativo envolve, no futuro, estender o uso para lojas independentes da marca Magazine Luiza. 

A criação de uma carteira digital envolve seguir uma tendência crescente no setor de varejo. No começo de junho, a Via Varejo, dona das Casas Bahia e do Pontofrio, anunciou o lançamento da própria conta digital, a banQi. Com a empreitada, a empresa planeja inserir as classes C, D e E em instituições financeiras, além de tentar estabelecer uma relação direta com os 4 milhões de pessoas que, hoje, usam cartões que suas lojas oferecem em parceria com bancos tradicionais. A B2W, que comanda marcas do quilate de Americanas, Shoptime e Submarino, pôs na praça a própria carteira digital em maio do ano passado. O aplicativo já foi baixado por mais de 2 milhões de clientes e oferece serviços como depósitos, transferências e pagamento de boletos.

Cabe explicitar a diferença entre os bancos, digitais ou não, e essas contas de pagamento. Um banco precisa preencher certos requisitos, como participar do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) — que protege o cliente, até um determinado valor, em caso de falência da instituição — e cumprir a exigência de que exista um número de conta vinculado ao CPF do consumidor, de modo que todos os serviços listados, como transferências por DOC ou TED, sejam assegurados. As contas de pagamento, normatizadas pelo Banco Central em 2013, somente intermedeiam a relação entre o consumidor e o dinheiro. Não podem fazer câmbio nem usar o dinheiro dos clientes para operar crédito. Os valores alocados pela clientela devem ser integralmente depositados no BC ou ter lastro em títulos públicos.

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