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“Não dependemos de nenhum artifício fiscal”, diz Tim Cook

Em audiência no Senado, presidente da Apple confirma a existência de subsidiárias fora dos EUA, mas repudia ideia de remeter lucros para o exterior para sonegar US$ 44 bilhões em impostos

Por Da Redação
21 Maio 2013, 17h06

O presidente da Apple, Tim Cook, negou em audiência no Senado norte-americano que a empresa está se aproveitando de “brechas” na legislação do país para evitar o pagamento de impostos. Na última segunda-feira, os parlamentares divulgaram um relatório que acusa a Apple de sonegar 44 bilhões de dólares em impostos nos últimos quatro anos. Segundo eles, a empresa estaria enviando os lucros obtidos no país para empresas de fachada sem residência fiscal.

Aparentemente à vontade em frente aos senadores, Cook não negou que suas subsidiárias fora dos Estados Unidos não tenham pago impostos, mas negou que elas foram criadas para evitá-los. “Nós pagamos todos os impostos que devemos nos Estados Unidos. Não dependemos de nenhum artifício fiscal”, afirmou Cook.

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Por outro lado, o senador democrata Carl Levin, que liderava a sessão, afirmou que a Apple criou uma “agressiva estratégia de sonegação de impostos”. Levin baseou-se no relatório divulgado pelo Senado para colocar Cook contra a parede: de acordo com o estudo, só em 2012 a Apple deixou de pagar 9 bilhões de dólares em impostos. “Você levou uma galinha de ovos de ouro para a Irlanda”, disse Levin a Cook. O democrata referia-se à Apple Operations International, subsidiária sediada na Irlanda e apontada na investigação como uma das filiais que recebem o faturamento da Apple nos Estados Unidos.

O senador republicano John McCain declarou na audiência que as estratégias tributárias da Apple são “complicadas e perniciosas”. Na segunda-feira, McCain já tinha acusado a Apple de prejudicar o povo norte-americano com suas práticas. “Uma empresa que conseguiu um sucesso singular, por conta das oportunidades oferecidas pela nossa economia, não deveria mandar seus lucros para outros países”, disse o senador.

Apesar das críticas enérgicas de Levin e McCain, Cook parece ter tido algum sucesso em acalmar a maioria dos parlamentares. Ele repetidamente fazia sinais para as fotos tiradas por observadores com iPhones. Além disso, os senadores fizeram questão de comentar o quanto gostam de usar os produtos da Apple.

A Apple foi a terceira grande empresa de tecnologia a passar por um interrogatório do Senado – a Microsoft e a Hewlett-Packard também foram investigadas pelos parlamentares. O motivo é o mesmo em todos os casos: problemas com o Fisco. Na Inglaterra, a Amazon também será interrogada por, supostamente, pagar poucos impostos.

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(com Estadão Conteúdo)

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