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Na COP30, até álcool em gel vira solução para falta d’água

Diogo Schelp, editor de VEJA Negócios, descreve falhas de infraestrutura que motivaram reclamação da ONU

Por Veruska Costa Donato Atualizado em 14 nov 2025, 13h26 - Publicado em 14 nov 2025, 11h33

Direto de Belém, o jornalista Diogo Schelp relatou ao programa Mercado, de VEJA, com Veruska Donato, que a carta enviada pela ONU ao governo brasileiro encontra respaldo no que se vê diariamente nos pavilhões da COP30. Segundo ele, falta água nos banheiros com frequência, levando a organização a improvisar: funcionários ficam posicionados nas portas das áreas de higienização distribuindo álcool gel a diplomatas e participantes. “A água simplesmente acaba, e as pessoas dependem do álcool gel para sair dos banheiros”, contou Schelp.

Os problemas não se limitam ao abastecimento. O ar-condicionado falha em vários pontos do evento, criando áreas abafadas durante o dia e extremamente frias no fim da tarde, quando o público diminui. Protestos indígenas também marcaram a conferência: manifestantes bloquearam, nesta sexta-feira, temporariamente o acesso ao pavilhão das negociações oficiais, apesar das garantias do presidente da COP, o embaixador André Corrêa do Lago, de que questões de segurança estavam resolvidas. Segundo Schelp, o episódio indicou que os ajustes ainda não surtiram efeito.

Há ainda a contradição energética: toda a estrutura do evento — ventilação, iluminação e refrigeração — funciona com geradores a diesel, como mostrou o editor Ricardo Ferraz de VEJA citada por Schelp. “É irônico que um evento voltado à redução de emissões seja sustentado integralmente por combustíveis fósseis”, afirmou o jornalista, destacando o desconforto entre delegações estrangeiras. A precariedade se soma às críticas de que a infraestrutura de Belém não acompanha o porte de uma conferência global.

Apesar das falhas, a COP30 avançou em temas como saúde e clima, incluídos nos debates de adaptação após proposta do Zimbábue. Schelp destacou que o governo federal apresentou um plano de ação apoiado por 80 países, enquanto o Banco Mundial alertou para a necessidade de preparar unidades de saúde para eventos climáticos extremos. O ambiente diplomático continua positivo, mas a imagem do evento segue pressionada por improvisos básicos — como a dependência de álcool gel na ausência de água.

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