Nova York, 17 fev (EFE).- Anthony Shadid, um jornalista do ‘The New York Times’ ganhador de dois prêmios Pulitzer por seu trabalho como correspondente de guerra, morreu na Síria enquanto cobria a revolta popular contra o presidente Bashar Al Assad, informou o jornal nesta sexta-feira.
Shadid perdeu a vida na quinta-feira aos 43 anos após supostamente sofrer um ataque de asma enquanto tentava sair do país para entrar na Turquia, segundo a publicação nova-iorquina.
O corpo do repórter americano de origem libanesa foi depois enviado até a fronteira turca pelo fotógrafo Tyler Hicks, a última pessoa que o viu com vida.
A diretora do ‘The New York Times’, Jill Abramson, indicou em um e-mail dirigido aos funcionários do jornal que ‘Anthony morreu como viveu, empenhado em ser testemunha da transformação que o Oriente Médio vive e narrar o sofrimento do povo preso entre a repressão governamental e as forças opositoras’.
Por sua vez, o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, enviou pelo Twitter suas condolências à família, amigos e colegas do até agora correspondente-chefe do jornal nova-iorquino em Beirute, sobre quem disse: ‘Eu o conheci e o admirava’.
O jornalista começou a trabalhar no início da década de 1990 na agência ‘Associated Press’, e depois escreveu para os jornais ‘The Boston Globe’ e ‘The Washington Post’, antes de ser contratado pelo ‘The New York Times’ há dois anos.
Durante sua época no ‘The Washington Post’, Shadid ganhou o prestigiado prêmio Pulitzer em duas ocasiões, a primeira em 2004 por sua cobertura da Guerra do Iraque e a segunda em 2010, por seus artigos sobre a saída das tropas americanas do mesmo país.
Em março de 2011, Shadid foi um dos quatro correspondentes do ‘The New York Times’ capturados na Líbia pelas forças leais ao regime de Muammar Kadafi e que denunciaram maus tratos ao serem libertados após quase uma semana de cativeiro. EFE