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Moody’s atribui a pior nota à OGX e deixa de acompanhar a empresa

A nota "C" sugere para investidores uma probabilidade de recuperação de investimentos muito baixa

Por Da Redação
31 out 2013, 15h23

A agência de classificação de risco Moody´s rebaixou nesta quinta-feira os ratings (notas de confiabilidade do pagamento de dívidas) da OGX de “Ca” para “C”, após a empresa protocolar um pedido de recuperação judicial na véspera. Tal medida significa que a empresa não tem condições de arcar com o pagamento de seus credores e precisa de proteção da lei para ter sua dívida renegociada. Segundo a agência, “C” é a nota mais baixa na escala de classificação e indica para o investidor que a probabilidade de recuperação de investimentos é inferior a 20%. A perspectiva da nota permanece “negativa”. Com o pedido de recuperação judicial protocolado na quarta, a Moody’s anunciou que não acompanhará mais a OGX.

A agência também rebaixou os ratings das dívidas sem garantia de ativos reais da OGX Austria de “Ca” para “C”. A empresa soma 3,6 bilhões de dólares em dívidas por meio de debêntures e bonds seniores. A OGX possui ainda diversos arranjos contratuais de longo prazo com sua irmã OSX, estaleiro do grupo EBX. “Permanece um elevado grau de incerteza com relação às demandas da OSX no processo de recuperação judicial no Brasil, uma vez que a OSX é parte relacionada à OGX”, diz o relatório.

Os analistas também reiteram que a OGX Maranhão não é garantidora das notas seniores da empresa-mãe, ou seja, o acordo firmado hoje com a Eneva Energia, ex-MPX, não melhora as perspectivas para a empresa em questão de endividamento. A agência não espera que Eike Batista ainda aporte o 1 bilhão de dólares que havia prometido em outubro do ano passado, caso a empresa precisasse.

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O principal motivo que os analistas da Moody’s apontaram na tomada de decisão foi o desequilíbrio entre as obrigações do grupo e sua mínima produção. Eles alertam que, apesar de a OGX ter diversas concessões no Brasil e na Colômbia, “seus valores permanecem altamente incertos, particularmente a capacidade de transformá-los em recursos de maneira oportuna”. Somado a isso, ainda há o risco de a Agência National do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) cancelar o direito da OGX às concessões, caso ela não cumpra suas obrigações de contrato.

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Para os analistas da Moody’s, o plano de recuperação judicial da OGX provavelmente terá uma proposta de venda de ativos específicos, como o campo Tubarão Martelo, e a conversão de bonds em ações.

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