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Montadora sueca Saab declara falência

Por Fabrice Coffrini
19 dez 2011, 10h38

A montadora sueca Saab declarou formalmente nesta segunda-feira sua falência, anunciou um tribunal, ao fim de um longo processo de dois anos para tentar salvar a marca.

“Executivos da Saab compareceram à sede do tribunal esta manhã e apresentaram os documentos para pedir que sejam considerados em falência”, afirmou à AFP uma fonte da corte do distrito de Vaenersborg.

O tribunal examina o pedido.

O site do tribunal informou em uma nota que três empresas ligadas à Saab apresentaram os documentos: SAAB Automobile Aktiebolag, Saab Automobile Tools AB e Saab Automobile Powertrain.

“A corte pretende analisar os pedidos e indicar um representante do processo rapidamente”, afirma uma nota do tribunal.

O diretor gerente da Saab, Victor Muller, deve comparecer à corte, ao mesmo tempo que os juízes decidirão se mantêm ou cancelam a proteção contra a falência de três meses a favor da Saab que foi implementada durante as negociações para salvar a empresa.

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Muller enfrentava problemas para conseguir um acordo que permitisse salvar a Saab da quebra e centrava as negociações com dois grupos chineses, a montadora Youngman e a distribuidora de veículos Pang Da.

Contudo, a antiga dona da Saab e ainda com participação na empresa, a General Motors, insistiu que rejeitaria um acordo sobre a necessária transferência de tecnologia às empresas chinesas, o que fez com que Pang Da se retirasse imediatamente das negociações.

Essa posição da General Motors foi reiterada no final de semana, em um verdadeiro golpe de morte para Saab.

“As novas propostas alternativas de Saab não são significativamente diferentes do que havia sido proposto originalmente à General Motors e também rejeitado”, disse o porta-voz da GM, James Cain.

“Cada proposta tem como resultado direto ou indireto a transferência de controle e/ou propriedade da companhia, em uma forma que é prejudicial para nossos acionistas. Por isso, a General Motors não pode apoiar nenhuma dessas alternativas”, informou o porta-voz da firma.

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De acordo com Swedish Automobile, a empresa chinesa Youngman se retirou das conversações depois das declarações de Cain.

“Depois de ter tomado conhecimento da posição da General Motors na negociada transação com Saab Automobile, Youngan informou à Saab Automobile que as negociações para a reorganização da Saab Automobile não poderão ser concluídas”, disse a empresa chinesa em uma nota.

As tentativas de vender a Saab a associados chineses eram vistas como a última oportunidade de salvar a fabricante sueca, que se encontrava a beira da quebra já desde que General Motors a vendeu à Swedish Automobile (na época chamada de Spyker) em 2010 pelo equivalente a 308 milhões de euros.

Em abril deste ano, a Saab foi forçada a interromper a produção em abril depois que empresas abastecedoras de peças se negaram a continuar com as entregas ante a montanha de contas sem pagar.

Os empregados da Saab, cerca de 3.700, não receberam seus salários de novembro, mas receberão um seguro do Estado depois que o pedido de quebra for aprovado.

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