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Montadora recorre a ‘milagre’ para conseguir vender

Em razão da fraca demanda, empresas estão ampliando cortes na produção com férias coletivas, folgas e lay-off dos trabalhadores

Por Da Redação
11 jun 2015, 11h52

A indústria automobilística está apelando a “milagres” para vender carros, depois de registrar um tombo de 20,9% nas vendas. De janeiro a maio foram comercializados 1,106 milhão de veículos, ante 1,399 milhão em 2014. Em razão da fraca demanda, as empresas estão ampliando cortes na produção com férias coletivas, folgas e lay-off (suspensão de contratos) dos trabalhadores.

A General Motors, marca que mais tem investido em ações promocionais, iniciou nesta quarta-feira campanha que libera o consumidor de pagar quatro prestações do financiamento, no valor de até 1.500 reais cada, se ele perder o emprego na vigência do plano. A empresa exige vínculo empregatício mínimo de um ano.

Denominada “milagre”, a campanha na mídia apela para São Caetano – santo que dá nome à cidade onde está a sede da montadora, no ABC paulista – para ajudar a economia a melhorar. No filme publicitário, famílias, executivos, jovens e freiras, em coro, afirmam que “pediram com fé e o milagre aconteceu”, citando “descontos impossíveis” oferecidos pela marca.

Entre as opções da compra estão o financiamento em 24 parcelas, com 60% de entrada ou em 60 prestações, sem entrada. No primeiro caso, um modelo Ônix LT 1.0, por exemplo, pode ser adquirido por 25.746 reais de entrada e 60 parcelas de 734,96 reais, com juro zero. Na segunda opção, um Ônix LS é oferecido em 60 vezes de 1.129 reais, com juro de 1,94% ao mês.

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“A Chevrolet entende o momento que o Brasil vive e mostra que está ao lado do consumidor, buscando sempre as melhores alternativas para que ele não deixe de concretizar seus planos”, diz, em nota, Rafael Santos, diretor nacional de vendas da GM.

Nos primeiros cinco meses do ano, as vendas da GM caíram 25,1% em relação a 2014. A concorrente Fiat, líder no mercado brasileiro, registrou queda de 31,2%, enquanto a Volkswagen caiu 28,3% e a Ford, 5,9%.

As quatro maiores fabricantes do país respondem por 62% das vendas totais de automóveis e comerciais leves.

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Sotaque alemão – A Volkswagen inicia nesta quinta-feira campanha para o Fox Trendline 1.6, oferecido a 43.990 reais, com 50% de entrada e 36 parcelas de 599 reais. Na peça publicitária, um vendedor com sotaque alemão fala dos atributos dos modelos da marca, como baixo custo de manutenção e valor de revenda.

A Ford mantém promoção de taxa zero para toda a linha iniciada em maio e tem campanha especial para o Ka, oferecido com juro zero para plano em até 30 meses e 60% de entrada.

A Kia também lança campanha para alguns dos modelos importados da marca, com descontos que vão de 2.000 reais a 9.200 reais – o valor mais alto vale para duas versões do Soul, a U.259 e a U.260, que passam a custar 84.900 reais e 88.900 reais, respectivamente.

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Férias – Todo o complexo da GM em Gravataí (RS), incluindo os fornecedores de peças instalados ao redor da montadora, vão interromper a produção entre segunda-feira e o dia 28. Com a parada, cerca de 10.000 trabalhadores entrarão em férias coletivas. Na fábrica de São Caetano, 5.500 funcionários ficarão em férias o mês todo.

A Fiat tem 16.000 trabalhadores afastados em Betim (MG) e a Mercedes-Benz, 7.000 em São Bernardo do Campo (SP). Já a Volkswagen para toda sua produção em São Bernardo nesta sexta e deixa em casa os 8.000 operários.

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(Com Estadão Conteúdo)

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