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Ministro promete transposição do São Francisco para 2016

Mesmo com Lava Jato, Gilberto Occhi, da Integração Nacional, diz que 100% dos dois canais da transposição estarão concluídos até junho do ano que vem

Por Da Redação
13 jan 2015, 10h35

Com seis anos de atraso, as obras da transposição do Rio São Francisco finalmente serão concluídas e entregues no primeiro semestre de 2016. A nova promessa é do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi. Segundo ele, até junho do próximo ano, 100% dos dois canais da transposição estarão concluídos, levando água para regiões do sertão e do agreste de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. “Estamos com 11 mil homens trabalhando e com 70% das obras concluídas. A expectativa é ter tudo pronto no primeiro semestre de 2016”, afirma Occhi.

Nem a crise das empreiteiras detonada pela Operação Lava Jato, garante o ministro, afeta as obras da transposição. “Fizemos pagamentos recentemente às construtoras. Todas as empresas que estão na transposição estão operando regularmente e não há nenhuma sinalização contrária a essa situação.” A percepção, no entanto, não é compartilhada pelos funcionários da construtora Mendes Júnior, que sofrem atraso no pagamento da segunda parcela do 13º salário, previsto para 20 de dezembro.

Ex-ministro das Cidades até dezembro, Occhi disse que ainda não há previsão para expandir a transposição do São Francisco em dois novos eixos, como chegou a prever seu antecessor na Integração, Francisco Teixeira. Hoje, a transposição tem dois eixos: Norte, um canal de 402 quilômetros; e Leste, de 220 quilômetros. Previa-se para inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3) duas novas extensões: o Eixo Sul, rumo à Bahia, e o Eixo Oeste, em direção ao Piauí. Na prática, são projetos sem data para sair do papel.

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Histórico – Uma das obras mais polêmicas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a transposição teve início em 2007, depois de enfrentar manifestações de organizações ambientais, movimentos sociais e até greve de fome. Com apoio do comando de engenharia do Exército, o ex-presidente Lula conseguiu tocar as obras iniciais da transposição. O problema é que as obras se concentraram no item mais fácil do projeto: a construção dos longos canais de concreto.

Ficaram de lado, e por vários anos, as obras das estações de bombeamento de água, estruturas complexas e caras para bombear a água do rio entre os vários reservatórios da transposição. Esse descompasso causou prejuízos milionários, exigindo que as estruturas dos canais tivessem de passar por constante manutenção, sem nunca terem sido utilizadas. Em meio aos atrasos, e mergulhada em dezenas de aditivos contratuais, a transposição viu seu orçamento saltar dos 4,7 bilhões reais inicialmente previstos, para 8,2 bilhões de reais. É hoje a obra mais cara do país tocada com recursos exclusivos da União.

(Com Estadão Conteúdo)

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