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Ministro da Indústria ameaça sair se reformas não avançarem

Marcos Pereira afirmou ter comunicado a Temer sua intenção e espera aprovar medidas que dependam do Congresso até o primeiro semestre de 2017

Por Da redação
8 ago 2016, 14h53

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, fez nesta segunda-feira, um duro discurso durante evento na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Ele afirmou não acreditar que o governo consiga avançar com reformas importantes antes das eleições municipais de outubro, mas disse que é preciso enviar as propostas ao Congresso até o fim de novembro, para conseguir aprová-las no primeiro semestre de 2017. “Se não aprovarmos no primeiro semestre, não se aprova mais neste governo”, afirmou.

Ele acrescentou ainda que já avisou ao presidente interino, Michel Temer, que, se perceber que as reformas não estão avançando, não pretende ficar no governo. “Eu volto para meu escritório de advocacia”, afirmou. Pereira disse que, dentro da reforma trabalhista, defende a terceirização, o trabalho intermitente e que o acordado prevaleça sobre o legislado. O ministro também considerou que é preciso rever a isenção de tributação sobre importações abaixo de 50 dólares.

Pereira informou que se reuniu recentemente com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pediu que nas discussões da reforma do PIS/Cofins não se eleve a alíquota. “Nós sabemos que a situação fiscal é extremamente difícil, mas precisamos dar fôlego ao setor produtivo. Eu disse ao Ministério da Fazenda que todos os empresários estão sufocados, e não podemos matá-los. Se a economia reage, isso gera renda e emprego.”

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O titular do MDIC reforçou bastante que é preciso avançar na melhoria do ambiente de negócios, com modernização e desburocratização.

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Mercosul

Sobre o comércio externo, Pereira lembrou que o Mercosul vive um impasse em relação à presidência do bloco, que deveria ser assumida pela Venezuela, mas houve uma objeção de Brasil, Argentina e Paraguai. “Isso paralisa as negociações”, declarou, lembrando que as conversas do Mercosul com a União Europeia já duram anos.

Ele disse ainda que o fato de o governo ser interino também é um empecilho. O ministro contou que, recentemente, durante reunião de ministros do G-20 sobre serviços, foram iniciadas diversas conversas, mas todos preferiram continuar as negociações com o Brasil somente após o fim do impeachment de Dilma Rousseff.

(Com Estadão Conteúdo)

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