Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ministro admite pedir economia à população para que não falte luz na Copa

Em entrevista a 'The Wall Street Journal', Lobão descarta racionamento, mas diz: hidrelétricas podem ter nível comprometido se chuva não aumentar

Por Da Redação
28 mar 2014, 08h50

Ao contrário do que pregou nos últimos meses, em que garantia risco zero de faltar energia no país, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, mudou o discurso. Em entrevista ao jornal The Wall Street Journal, ele admitiu, pela primeira vez, a hipótese de o governo lançar uma campanha de eficiência energética para encorajar a população a reduzir, voluntariamente, o consumo de energia elétrica. A medida pode ajudar a garantir que não exista quaisquer cortes durante a Copa do Mundo.

Leia também:

Desordem no setor elétrico: até as manutenções estão proibidas

Crise de energia pode comprometer meta fiscal

Segundo ele, se as chuvas não aumentarem em abril ou maio, os reservatórios das hidrelétricas podem ficar comprometidos. O ministro disse que não deve haver nenhum racionamento de energia, o que poderia ser uma dor de cabeça para a presidente Dilma Rousseff em um ano em que o Brasil sedia a Copa do Mundo e ela disputa a reeleição.

“Não estamos trabalhando com a hipótese de racionamento de energia”, disse Lobão. “Temos a convicção de que isso não será necessário.” No final do mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2001, o governo foi obrigado a decretar um racionamento de energia por causa do baixo nível dos reservatórios. O programa previa multa aos clientes que não cumprissem a meta de redução de consumo – uma medida que foi bastante impopular. “Não estamos planejando cobrar mais das pessoas que não economizarem energia”, disse Lobão. “Não vamos repetir o que ocorreu em 2001.”

Continua após a publicidade

Leia também:

Governo confirma leilão de energia em 25 de abril

Governo convoca reunião para tranquilizar empresários do setor elétrico

Aneel aprova mecanismo que devolverá mais de R$ 2 bi às distribuidoras

​Consumidores vão bancar ajuda do Tesouro às elétricas em até 5 anos

Continua após a publicidade

O Brasil enfrenta uma das secas mais severas em décadas e alguns analistas acreditam que é grande a chance de um racionamento neste ano, talvez até mesmo nos meses de junho e julho, quando ocorre a Copa do Mundo. Para evitar problemas durante os jogos do Mundial, o governo instalou duas subestações de energia elétrica em cada um dos doze estádios que receberão os jogos, informou Lobão, destacando que não há risco de apagões durante o torneio.

O ministro disse ainda que a demanda de energia não deve atingir picos durante a Copa do Mundo porque empresas e fábricas devem paralisar suas atividades nos horários dos jogos. Alguns analistas sugerem que o governo está atrasado e que deveria tomar medidas mais cedo, em vez de esperar por abril ou maio. Lobão disse, no entanto, que o governo não quer começar um programa de eficiência energética até que seja absolutamente necessário, para evitar a propagação do medo de escassez real de energia. Agir agora “poderia ser entendido como o despertar do racionamento”, disse o ministro.

Lobão afirmou também que o governo optou por não elevar os preços da energia neste ano porque não se sabe quanto de dinheiro extra será necessário para cobrir os custos da ligação das térmicas. O ministro negou que a decisão de não ajustar as contas teve caráter político e disse que os valores terão de subir em 2015.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.