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Ministério da Integração processa Mendes Júnior por atrasos

Empreiteira, envolvida na Operação Lava Jato, passou a ser alvo de processos administrativos por demora na obras de transposição do Rio São Francisco

Por Da Redação
4 mar 2015, 12h26

A empreiteira Mendes Júnior passou a ser alvo de processos administrativos movidos pelo Ministério da Integração Nacional por atrasos na execução de obras da transposição do Rio São Francisco. A companhia está com o seu vice-presidente, Sérgio Cunha Mendes, preso em Curitiba desde novembro do ano passado, envolvido com as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).

O ministério também quer aplicar multas sobre a construtora nesse novo episódio de complicações enfrentadas pela construtora. Dona de dois contratos do projeto da transposição, que somam mais de 1,2 bilhão de reais, a Mendes Júnior tem feito demissões em massa na obra desde o fim de 2014. As paralisações teriam relação direta com as dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa. Para resolver a situação, a empreiteira negociou um empréstimo com o Banco Mercantil do Brasil para retomar as obras.

Questionada sobre o financiamento e as causas da paralisação, a Mendes Júnior limitou-se a dizer que “as obras encontram-se em andamento dentro do previsto”. Em nota, o Ministério da Integração confirmou haver um processo administrativo para apurar possíveis falhas: “A empresa apresentou defesa que está em análise pela área jurídica do ministério. Após a conclusão desta análise poderá ser definida a penalidade”.

Leia mais:

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Lava Jato afeta obra de transposição do São Francisco da Mendes Júnior

A atuação da Mendes Júnior no São Francisco acaba de ser alvo de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). O levantamento revela que, de setembro de 2014 até agora, o número de trabalhadores da empresa nos dois lotes caiu de 2,6 mil para quase 1,8 mil funcionários.

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O corte se concentrou no principal lote tocado pela empresa, cujo investimento total soma 926,9 milhões de reais. A preocupação do governo é adiar novamente a conclusão da obra. Até dezembro, a execução física no lote principal tocado pela Mendes Júnior só havia atingido 50,3% do total contratado. No lote menor, de 321,8 milhões de reais, os trabalhos chegavam a 86,9% de execução física.

Inicialmente estimada em R$ 4,7 bilhões e prevista para ser concluída em 2012, a transposição já se tornou uma das obras mais caras e atrasadas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). São 8,8 bilhões de reais. Pelo cronograma atual, a meta é entregar o Eixo Norte, uma calha de concreto prevista para alcançar 260 quilômetros de extensão, até maio de 2016. Em novembro de 2016 seria entregue o Eixo Leste, que captará água na barragem de Itaparica, em Floresta (PE), e avançará mais 217 quilômetros.

(Com Estadão Conteúdo)

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