Michelin quer comprar a brasileira Sascar por R$ 1,3 bilhão
Grupo francês já anunciou aquisição de 46% das ações da empresa em mãos da GP Investments
A Michelin anunciou nesta segunda-feira a intenção de comprar a totalidade das ações da brasileira Sascar Participações por 440 milhões de euros (1,340 bilhão de reais). Mais cedo, o grupo francês comunicou a compra de 46% da empresa brasileira do grupo GP Investments por 260 milhões de dólares (580 milhões de reais). A venda das ações, que estavam alocadas em seu fundo GP Capital Partners V, rendeu para a empresa de investimentos um retorno de 2,6 vezes o capital inicial investido e uma TIR (taxa de retorno) estimada de 33% em dólares. O valor da transação está sujeito a eventuais ajustes, como consta no contrato entre GP e Michelin. A GP detém a fatia da Sascar desde março de 2011.
A Sascar, gestora de frota de caminhões e segurança de carga, teve uma receita de 280 milhões de reais em 2013 e registra crescimento anual de vendas em torno de 16%. A intenção da Michelin com o negócio é entrar na indústria independente de caminhões no Brasil. O grupo francês é um grande fabricante de pneus e serviços automotivos. O Itaú BBA e o banco Barclays são os assessores financeiros do processo de venda da empresa, avaliada em 1,6 bilhão de dólares (3,57 bilhões de reais).
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A transação depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A compradora formal será a divisão financeira do Grupo Michelin, Senard et Cie, que administra todas as empresas comerciais, industriais e de pesquisa fora da França.
A Michelin também irá adquirir cerca de 80 milhões de euros de dívida, colocando o valor total da transação em 520 milhões de euros.
Em uma apresentação a investidores, a Michelin afirmou que a Sascar é a líder no mercado de gerenciamento de frotas no Brasil com participação de mercado de 23%. Acrescentou ainda que este mercado tem um grande potencial de crescimento no Brasil, uma vez que apenas 4% dos veículos de carga hoje são rastreados. A expectativa é de crescimento de 15% ao ano até 2017.
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(com Estadão Conteúdo)