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Metalúrgicos do ABC começam greve na terça-feira

Funcionários pedem reajuste de 8%, com aumento real de 2,5% nos salários

Por Da Redação
17 set 2012, 21h15

Cerca de 46 mil metalúrgicos do ABC, em São Paulo, que não conseguiram fechar acordos salariais, começam greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira. A decisão foi aprovada em assembleia organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na noite de sexta-feira e confirmada nesta segunda-feira.

Na região, 64 empresas ignoraram grupos patronais e fecharam acordos para evitar a paralisação das fábricas, por isso cerca de 23 mil trabalhadores do total de 70 mil que estão em campanha salarial no ABC não farão greve. Além disso, não participarão 1,2 mil funcionários do setor de fundição que fechou acordo de 8% de reajuste.

Os metalúrgicos do Estado de São Paulo pedem reajuste de 8%, que cobre a inflação de 5,39% do período, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e dá aumento real de 2,5%. Não haverá greve nas fábricas em que o aumento de 8% foi fechado no ABC.

“Isto não significa que o acordo da campanha salarial 2012 já foi fechado. Ele só será fechado pela FEM-CUT. Quem não quiser que sua empresa entre em greve deve entrar em contato com a diretoria do sindicato e oferecer os 8% de reajuste”, afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, em nota distribuída à imprensa. Fora o grupo da fundição, os demais grupos patronais fizeram propostas inferiores aos 8% reivindicados. As ofertas foram rejeitadas no ABC na assembleia de sexta-feira.

Categorias – A Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM-CUT/SP) negocia por trabalhadores da categoria em todo o Estado. Diante das propostas feitas até a última sexta-feira, os sindicatos decidiram aprovar a proposta do setor de fundição e rejeitar as ofertas dos demais grupos patronais – grupos 2 (máquinas e eletrônicos), 3 (autopeças, forjaria e parafusos), grupo 8 (que reúne setores de trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros), 10 (lâmpadas, material bélico, entre outros) e estamparia. Trabalhadores de montadoras ligados à FEM não participam da campanha salarial deste ano, pois fecharam acordo válido por dois anos em 2011.

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Mobilizados durante toda a semana passada, os metalúrgicos paulistas começaram a intensificar os protestos nesta semana. Na região de Sorocaba, por exemplo, os funcionários fizeram paralisações hoje nas fábricas da Gerdau e da Lupatech, segundo a FEM. As demais fábricas locais estão trabalhando em “operação tartaruga”, na qual os funcionários reduzem o ritmo de produção. Em Salto, Itu e Araraquara, os trabalhadores também realizaram atrasos e paralisações hoje. O grupo 2 tem rodada de negociações com a FEM terça-feira às 13 horas. A FEM negocia por cerca de 200 mil metalúrgicos do Estado.

Força – Os metalúrgicos da Força Sindical têm data-base de campanha salarial unificada em 1º de novembro, mas terça-feira dirigentes dos sindicatos da base se reúnem para discutir a estratégia da campanha deste ano e o apoio aos metalúrgicos da CUT. “Estamos preocupados com o andamento da campanha salarial do ABC e interior. Parece que os sindicatos patronais fizeram um pacto para não dar aumento real de salário e vamos enfrentar essa situação com unidade na luta, dando apoio a esses companheiros e com ações conjuntas”, disse Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical.

(Com Agência Estado)

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