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Mesmo sem iPad brasileiro, Natal de 2011 será dos tablets

Vendas no país deverão ultrapassar 500.000 unidades neste ano, ante as 100.000 vendidas em 2010, estima a consultoria IDC

Por Ana Clara Costa
20 dez 2011, 05h51

A procura pelos aparelhos no varejo superou as expectativas e já existem pontos de venda com estoques esgotados

A taiwanesa Foxconn, que ensaia a fabricação do iPad no Brasil desde o início do ano, não enviará o desejado tablet da Apple tão cedo para as lojas do país. A expectativa, tanto do mercado quanto de fontes da própria empresa, é que nada deve ser produzido antes de março. Contudo, mesmo sem o iPad nacional, mais de 500.000 brasileiros deverão terminar 2011 com um tablet novinho nas mãos. O levantamento é da consultoria IDC, que revisou para cima sua perspectiva anual de vendas deste tipo de produto, que anteriormente era de 400.000 aparelhos.

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Grande parte desse aumento deve-se às vendas no período que antecede o Natal, não só pela expansão de consumo que a data traz, mas também porque diversos aparelhos foram lançados apenas nos últimos meses deste ano, avalia o analista Luciano Crippa, da consultoria IDC. “Houve uma aceleração no mercado neste segundo semestre, com a vinda do iPad 2 ao Brasil; a venda do iPad 1 a preços menores; o lançamento de novos modelos pela Samsung e a entrada da Positivo nesse segmento”, afirma. Outro fator que impulsionou o setor foi a chegada de fabricantes chineses. A ZTE, por exemplo, comercializa o modelo V9 a cerca de 700 reais. “E ainda há os que são vendidos ilegalmente, por cerca de 300 reais, que representam uma parcela significativa dessas vendas”, diz Crippa.

Em 2011, os tablets também chegaram aos sites de compras coletivas, vendidos a preços entre 300 e 400 reais, por empresas como GroupOn e Peixe Urbano. Por ser mais acessível ao bolso do consumidor brasileiro, a compra por meio de cupons de desconto fez com que milhares de tablets de baixo custo fossem comercializados. O apetite dos consumidores brasileiros acabou até mesmo superando a capacidade de fornecimento das empresas. No caso do GroupOn, centenas de clientes não receberam o tablet do fornecedor, chamado By Trading, e a empresa de compras coletivas teve de se comprometer a ressarcir o valor pago ao longo do segundo semestre. “O público que compra um tablet por esse valor quer ter acesso ao produto e não se importa com a marca. Estamos falando de uma faixa de consumidores que ainda não enxerga os produtos da Apple como objetos de desejo”, afirma o consultor.

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Comércio já sente a demanda – A procura pelos aparelhos no varejo superou as expectativas e já existem pontos de venda com estoques esgotados. Na loja on-line da Fast Shop, por exemplo, as entregas de iPads para o estado de São Paulo estão indisponíveis. Clientes da rede francesa Fnac também não encontram todos os modelos nas lojas físicas – há falta dos tablets Galaxy, da Samsung. De acordo com vendedores da Fast Shop e da Fnac ouvidos pelo site de VEJA, a quantidade de pessoas em busca de tablets aumentou consideravelmente nas lojas desde o final de novembro, superando até mesmo a procura por TVs de LCD. “O tablet ainda é um produto muito novo para os brasileiros. É normal que haja essa ansiedade por parte do consumidor em adquiri-lo, pois ele ainda não faz parte da rotina da maioria das pessoas”, afirma Fernando Belfort, da consultoria americana Frost & Sullivan, que espera uma venda de 440.000 aparelhos neste ano. Para Belfort, um impulso adicional vem da atração que novidades eletrônicas exercem sobre os brasileiros, aliada à facilidade de crédito e de parcelamento.

iPad é o mais desejado – Em pesquisa feita pela consultoria Miti Inteligência, com base em citações de usuários no Twitter, o tablet da Apple surge como o principal objeto de desejo dos brasileiros para o Natal de 2011 – 74% das menções ao iPad informavam que os usuários tinham a intenção de comprar o aparelho antes das festas de fim de ano. Nos Estados Unidos, uma pesquisa da consultoria Nielsen que avalia as intenções de compras para o período aponta que 15% dos americanos deverão adquirir o aparelho ainda neste ano. A Apple segue líder de mercado nos EUA, conforme pesquisa da IDC divulgada na última semana. Dos 18 milhões de tablets vendidos até novembro de 2011, 61,5% eram iPads. “No Brasil, os tablets da Apple e da Samsung representam mais de 60% do mercado, mesmo sendo os mais caros”, afirma Luciano Crippa.

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Nos EUA, Amazon é ameaça à Apple – Contudo, esse cenário pode mudar. O último levantamento da consultoria IDC prevê que a empresa fundada por Steve Jobs deve encerrar o quarto trimestre com menos de 60% de participação no mercado americano devido ao lançamento, em novembro deste ano, do Kindle Fire – o tablet da Amazon. A nova versão do e-reader foi criada para competir diretamente com o iPad e pode incomodar a liderança incontestável do produto da Apple. Segundo o site da varejista americana de eletrônicos Best Buy, o Kindle Fire é o tablet mais vendido da loja desde o dia de Ação de Graças. “A Amazon e a Barnes & Noble, com o Nook, estão sacodindo o mercado de tablets, e o sucesso delas ajuda a provar que há um apetite por esses aparelhos que vai além do iPad”, afirma Tom Mainelli, diretor de pesquisa da IDC, que realizou o estudo. Enquanto o iPad não sai por menos de 499 dólares nos EUA, o Kindle Fire custa 199 dólares. No Brasil, o novo sucesso da Amazon ainda não é comercializado. É possível, porém, adquirir versões mais antigas do aparelho no próprio site americano da Amazon. Mas tudo indica que a chegada do Kindle Fire no país acontecerá em breve: a empresa está prestes a iniciar operações no mercado doméstico.

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