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Mesmo com recorde, bolsa está ‘barata’ e atrai estrangeiro

O Ibovespa superou o patamar de 80.000 pontos pela primeira vez mas, se considerados o dólar e a inflação, ainda há espaço para crescimento

Por Felipe Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 jan 2018, 09h51 - Publicado em 16 jan 2018, 16h56

Apesar do patamar recorde de 80.000 pontos, as empresas brasileiras na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) são vistas como “baratas” pelos investidores estrangeiros, o que tem atraído dinheiro para o Brasil. Isso porque o valor do Ibovespa está abaixo dos níveis históricos, se for considerado o dólar e a inflação.

A pontuação da bolsa representa um valor em reais de uma carteira teórica de ações negociadas na instituição. A composição varia conforme critérios estabelecidos pela B3, e empresas maiores – como Petrobras, Ambev e os bancos Itaú e Bradesco – têm mais peso.

Ocorre que os investidores estrangeiros levam em conta o valor em dólar para fazer seus cálculos. Nesse tipo de comparação, o Ibovespa estaria hoje em cerca de 24.800 pontos. O recorde na moeda americana é de 44.616 pontos, segundo cálculo da Economatica, atingido no dia 18 de maio de 2008 – antes da crise mundial.

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O cenário internacional, apesar de positivo por causa do crescimento mundial, é de juros baixos, o que torna o país mais atrativo em termos de retorno. As quedas recentes na Selic – que está em 7%, o menor patamar da história – deve dar fôlego na dívida das empresas nacionais, o que as tornam mais atraentes. E a economia dá sinais de recuperação contínua, apesar de turbulências políticas e da situação ruim nas contas públicas, que motivou rebaixamento da nota de crédito do país na última semana.

“Os investidores estrangeiros estão procurando onde aplicar seu dinheiro. Quando olham para o bolsa do Brasil, acham que está ‘barata’”, explica o estrategista-chefe da corretora XP Investimentos, Celson Plácido. Até o dia 11, já ingressaram na bolsa quase 3,6 bilhões de reais em recursos de investidores de outros países (o texto continua após o gráfico).

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Inflação

O valor global das empresas na B3 encerrou o pregão da última segunda-feira em 3,13 trilhões de reais (987,7 bilhões de dólares). Para se ter uma ideia do quanto isso representa em termos globais, o valor de mercado da Apple, a companhia mais valiosa negociada em bolsas americanas, é de 902 bilhões de dólares (2,9 bilhões de reais).

Mesmo com o valor expresso em moeda ser também o maior da história, se for levada em conta a inflação, ainda há bastante distância para o topo já alcançado e, portanto, espaço para crescer. O patamar corrigido atingido nesta terça é o mesmo verificado em 2014. E o recorde foi atingido no dia 31 de outubro de 2007, quando as empresas valiam 4,01 trilhões de reais, segundo cálculo da Economatica usando o índice IGP-DI.

A comparação busca igualar os valores atuais em relação aos anteriores, segundo a variação dos preços. “Provavelmente, hoje em dia, você esteja ganhando o melhor salário da sua vida inteira. Mas se trouxer o valor nominal para um valor real (descontando a inflação), o seu poder aquisitivo pode ser menor”, explica Einar Riveiro, da Economatica.

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