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Mesmo com a retração econômica, Copom eleva Selic a 13,75%

Trata-se do sexto aumento seguido da Selic, que permanece no maior patamar desde dezembro de 2008

Por Da Redação
3 jun 2015, 20h19

O Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual nesta quarta-feira, para 13,75% ao ano, em linha com as expectativas do mercado. A decisão, sem viés, foi unânime. Em comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC afirmou que “avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação”, decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Sidnei Corrêa Marques e Tony Volpon.

Trata-se do sexto aumento seguido da Selic, que permanece no maior patamar desde dezembro de 2008, quando chegou a 13,75% ao ano. Na reunião de abril, a autoridade monetária já havia aumentado a Selic em 0,50 ponto, a 13,25%.

O mercado já vinha se preparando para um ajuste dessa magnitude, após autoridades do BC repetirem em diversas ocasiões que os avanços no combate à inflação ainda se mostravam insuficientes. O BC iniciou o ciclo de aperto monetário em outubro, logo após as eleições presidenciais, elevando inicialmente a Selic em 0,25 ponto porcentual, a 11,25% ao ano. Em todas as reuniões do Copom subsequentes o aumento foi de 0,50 ponto porcentual.

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Nem mesmo os dados ruins que saíram nos últimos dias foram suficientes para dissuadir o Copom de elevar novamente os juros. Os dados da produção industrial divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram queda de 1,2% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. Na comparação com abril de 2014, a produção recuou 7,6%, ante mediana de -7,95%. Já o desemprego avançou para 8% em abril, segundo dados da Pnad Contínua.

A elevação também ocorre menos de uma semana após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB), que apontou retração econômica de 0,2% no primeiro trimestre do ano.

Apesar de os dados econômicos indicarem que a trajetória de queda da inflação não está distante de começar, o BC mantém o foco em derrubar a taxa. Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,71%. Nos quatro primeiros meses deste ano, a inflação somou 4,56% e, em doze meses até abril, totalizou 8,13% – a maior desde dezembro de 2003.

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A ata da última reunião do Copom, divulgada no início de maio, avaliava que, mesmo diante da retração econômica, haveria uma certa persistência da inflação. O colegiado alegava que, no curto prazo, o processo de realinhamento dos preços administrados, como os da energia, também refletiria na alta dos preços.

A atuação do BC vem sendo bem sucedida quando se leva em conta sua tentativa de ancorar as expectativas do mercado em relação à inflação. Os últimos boletins Focus, que reúnem estimativas de analistas para o IPCA para 2015 e 2016, já mostram a inflação recuando a 5,5% no final do ano que vem, apesar de os números deste ano se manterem em alta. O mercado espera que a inflação termine dezembro em 8,39%. Contudo, os mesmos analistas preveem que o centro da meta de inflação, de 4,5%, deverá ser atingido somente em 2019.

(Da redação)

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