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Mercados miram solução na Grécia e partem para o risco

Por Da Redação
8 fev 2012, 06h04

Por Daniela Milanese, correspondente

Londres – Movidos pela liquidez, os mercados globais adotam a confiança de que a Grécia conseguirá aprovar novas medidas de austeridade e renegociar suas dívidas com os credores. Esses são os passos necessários para que o país receba mais 130 bilhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) e evite um default desordenado.

Os investidores decidiram encerrar por eles mesmos o drama grego e partir para apostas de risco em todas as partes do mundo. A janela de captação está aberta não apenas nos emergentes, como na própria Europa. Bancos e empresas do velho continente vão ao mercado com diversas operações e conseguem levantar recursos.

É mais uma mostra de que os gestores decidiram colocar para trabalhar o caixa que estava parado há meses, em razão do pessimismo existente com a crise do euro. A injeção de liquidez pelo Banco Central Europeu e a postura bastante relaxada do Federal Reserve explicam o atual apetite pelo risco, juntamente com a ausência de um pouso forçado na China.

Nada disso significa que a situação da Grécia esteja fácil. O prazo para que o país consiga honrar o vencimento de 14,5 bilhões de euros no dia 20 de março está bastante apertado. O primeiro passo é um acordo político para a aprovação de novas medidas de austeridade, em meio ao forte descontentamento social no país. Foi adiada de ontem para hoje a reunião do primeiro-ministro Lucas Papademos com as lideranças políticas do governo de coalizão.

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“Se eles aprovarem as medidas, um encontro de ministros de Finanças do Eurogrupo deve ser convocado para o final desta semana e o parlamento grego pode votar sobre a austeridade já no final de semana”, acredita Flemming Nielsen, analista do Danske Bank.

Também é preciso fechar o acordo com os credores privados para a renegociação da dívida grega. O “The Wall Street Journal” traz informação relevante sobre este assunto na edição de hoje. Segundo a publicação, o BCE teria cedido em sua posição de não participar do processo de reestruturação e estaria disposto a trocar os títulos gregos que comprou no mercado secundário.

A entrada do BCE é uma reivindicação dos credores privados e também do FMI, ponto que coloca Christine Lagarde em confronto com a chanceler alemã, Angela Merkel. Conforme o “WSJ”, o BCE não teria prejuízos na operação, mas não estaria claro o formato da troca de dívida. A participação da autoridade europeia significaria um alívio de mais 11 bilhões de euros para a Grécia e certamente seria bem recebida pelos mercados – apesar de toda a polêmica política envolvida no tema, afinal, os títulos foram adquiridos para fazer política monetária.

Sem indicadores relevantes na agenda internacional de hoje, a retomada do apetite pelo risco e o aguardo das definições em Atenas seguem como os principais temas dos mercados nesta quarta-feira. As bolsas europeias abriram em alta. Londres opera com elevação de 0,28%, enquanto Frankfurt avança 0,70%.

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