Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mercado de trabalho dos EUA perde dinamismo desde 1990

Esta é a conclusão de uma pesquisa apresentada no Simpósio Anual de Política Econômica de Jackson Hole, nos Estados Unidos

Por Da Redação
22 ago 2014, 16h49

O mercado de trabalho dos Estados Unidos tornou-se gradualmente menos dinâmico desde 1990, com trabalhadores presos em empregos particulares e um processo mais lento de criação e eliminação de vagas no setor privado. Esta é a conclusão de uma pesquisa apresentada nesta sexta-feira no Simpósio Anual de Política Econômica em Jackson Hole, no estado norte-americano de Wyoming. O encontro reúne os principais presidentes de bancos centrais do mundo.

O estudo, realizado pelos economistas Steven Davis, da Universidade de Chicago, e John Haltiwanger, da Universidade de Maryland, apresenta os EUA como um país que possivelmente está perdendo uma de suas notáveis forças econômicas: a rotatividade de emprego e o robusto fluxo de trabalhadores entre postos de trabalhos. Dentre os motivos apontados estão o envelhecimento da força de trabalho, que torna menos provável a mudança de emprego, e o acúmulo de regras e exigências de treinamento mais intensas que dificultam contratações e demissões.

“Essas e outras forças reduziram medidas de ‘fluidez’ do mercado de trabalho em até 25% desde 1990, tendência que pode se traduzir em níveis menores de emprego, produtividade e salários”, afirmam os economistas.

Leia mais:

Tombini discursará em Jackson Hole – principal evento de política econômica do mundo

Continua após a publicidade

Fed vê avanço no mercado de trabalho dos EUA – mas não o suficiente

IBGE publicará dados de emprego às vésperas das eleições

Desemprego avança em três das quatro regiões pesquisadas pelo IBGE

Evento – O tema do encontro deste ano é o mercado de trabalho – que, apesar de ter melhorado em 2014, continua sendo o principal entrave para a recuperação da economia americana. Dados de emprego influenciam, sobretudo, as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). A grande questão que pode ser elucidada na conferência pode ser abordada presidente da entidade, Janet Yellen: o período exato em que os juros da economia americana começarão a subir.

Continua após a publicidade

Em discurso durante a conferência, nesta sexta-feira, Yellen afirmou que o mercado de trabalho dos Estados Unidos continua prejudicado pelos efeitos da Grande Recessão e o que o Fed deve agir de forma cautelosa ao determinar quando a economia estará forte o suficiente para que a taxa de juros suba. Na ocasião, Yellen apresentou os motivos pelos quais sustenta que a taxa de desemprego sozinha não é suficiente para avaliar a força do mercado de trabalho dos EUA. Além disso, ela mencionou preocupações de algumas autoridades da entidade que estão cada vez mais apreensivas com o nível do estímulo de política monetária do banco central.

Desde o final de 2008, o Fed mantém sua taxa básica de juros próxima de zero para estimular o consumo e, por consequência, o crescimento. O mercado espera que assim que os estímulos sejam completamente retirados da economia, o Fed volte a subir os juros – que balizam justamente os rendimentos dos títulos do Tesouro americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo.

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.