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Meirelles: perspectiva econômica é de ‘normalidade’

Para o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, o rumo da economia não será alterado mesmo no caso de uma eventual troca de comando

Por Felipe Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 Maio 2017, 22h16

A crise política desencadeada pelo áudio gravado por Joesley Batista,  sócio da JBS, com o presidente Michel Temer colocou os mercados em estado de atenção. Analistas e investidores questionam se a demora em definir o destino do presidente, que é investigado pelo STF e alvo de pedidos de impeachment, vai gerar mais incerteza para os negócios e alterar a agenda de reformas do país.

Para o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, o rumo da economia não será alterado mesmo no caso de uma eventual troca de comando. Ele falou a VEJA após participar de painel sobre a reforma da Previdência, organizado pela revista EXAME:

O senhor disse que mesmo que houver algum atraso na aprovação das reformas, isso não vai alterar o benefício fiscal no longo prazo, mas que essa pequena demora mexe com a expectativa da economia. É possível falar que há um cenário de normalidade na economia, e que haverá apenas um atraso? Acho que a economia brasileira está sólida, já está crescendo. E o que é muito importante na economia é a expectativa de futuro. Digo que existe uma expectativa de que a economia vai continuar sendo bem administrada, que os gastos públicos serão bem administrados, que as reformas continuarão sendo propostas.

O que leva o senhor a confiar nesta perspectiva de estabilidade?  Não é só a reforma da Previdência ou a trabalhista, existe toda uma agenda extensa de micro reformas, seja a lei de recuperação judicial, na área de crédito, o cadastro positivo, a questão da alienação fiduciária, tem infraestrutura, questões de desburocratização. São iniciativas desta administração que estão em andamento. Portanto, na medida em que exista expectativa de que isso vá continuar, a economia prossegue.

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A crise política não teve impacto nos mercados? Os mercados se abalaram pouco e já se acalmaram bastante, em termos do risco. Está aí o CDS [Credit Default Swap, uma espécie de seguro que varia de taxa conforme o país], em 240. Saiu de 500 [no ano passado], bateu em 200, e está em 240, menos da metade. A mesma coisa [acontece] com o dólar. Eu acho que os mercados nesta altura estão calmos, sabendo que no Brasil hoje não há mais espaço para políticas econômicas equivocadas.

Persistindo, a crise política não pode gerar incertezasSão duas coisas diferentes: uma coisa é quando vai se estabilizar a questão política. Tem o julgamento agora do TSE, da chapa. Mas tudo bem, isso vai se resolver. Outra coisa é a perspectiva econômica. Existe a perspectiva de reversão dessa política econômica? Existe a expectativa de alguém assumir – e eu não acredito em mudança de presidente – e voltar atrás, fazer a política que deu errado nos últimos quatro ou cinco anos? Não acredito. É por isso que a tendência é de continuar a crescer e os mercados estão trabalhando com relativa normalidade.

Mesmo com a crise política, a previsão de queda do desemprego no fim do ano se mantémSim, [mantemos a previsão de ver] o desemprego caindo no segundo semestre. E esse número positivo do Caged já demonstra isso, a confirmação de que estamos caminhando nessa direção.

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