Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Medida abre espaço para BC reduzir juros, diz Mantega

Por Da Redação
29 ago 2011, 13h50

Por Fernando Nakagawa

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicou que as medidas fiscais anunciadas hoje poderão abrir espaço para que o Banco Central (BC) possa, eventualmente, adotar medidas expansionistas para a economia, caso seja necessário.

“Temos de mudar essa equação entre a política fiscal e monetária. Se tivermos uma situação pior, o BC estará em condições de reagir com uma política monetária mais expansionista, caso haja um agravamento”, disse em entrevista coletiva hoje. “Queremos mais política monetária e menos política fiscal, menos gasto no fiscal”. “Se tiver deterioração, o BC terá grau de liberdade para tomar medidas para uma eventual desaceleração da taxa de crescimento da economia ou uma redução do comércio internacional”, exemplificou.

Ao anunciar as medidas e o efeito sobre a credibilidade brasileira, Mantega avaliou que a situação externa segue indefinida, com grandes chances de piora. “Tomara que os países ricos resolvam a situação. Mas não acho que isso aconteça, acho que a situação dos países ricos vai se arrastar porque as dívidas não foram equacionadas, não foram tomadas medidas à altura dos problemas que eles têm”, disse Mantega.

“Acredito que a situação pode piorar. Por isso, vamos tomar medidas para que a situação seja mais suave do que foi em 2008 e 2009. Não queremos o mergulho que vimos entre setembro e dezembro de 2008”, explicou Mantega.

Continua após a publicidade

Mantega anunciou hoje o aumento da meta de superávit primário para 2011 em torno de R$ 10 bilhões, o que corresponde de 0,25% a 0,30% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele disse que o aumento da meta será para o governo central (formado por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central). Assim, a economia desses órgãos passará de um pouco mais de R$ 81 bilhões para R$ 91 bilhões. Mantega afirmou que a medida ajudará aumentar os investimentos no País, manter o crescimento econômico e reduzir no médio e longo prazos a taxa básica de juros da economia (Selic).

LDO

O ministro da Fazenda disse que foi boa a receptividade dos líderes governistas em relação ao aumento da meta de superávit primário para 2011. Mantega antecipou a decisão do governo aos parlamentares que integram o Conselho de Coordenação Política. Segundo ele, a apresentação foi feita aos líderes porque, “no limite, parlamentares é que vão aprovar as medidas que estamos tomando”.

O governo encaminhará ao Congresso um projeto de lei alterando a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) deste ano. “Vamos enviar um projeto de lei para alterar a LDO, onde está dito que o montante seria de R$ 117,8 bilhões. Vamos alterar para R$ 127,8 bilhões, com os R$ 10 bilhões a mais para esse ano”, disse Mantega.

Continua após a publicidade

O ministro explicou que o esforço fiscal adicional será realizado especialmente por Brasília e não pelos poderes regionais. “A responsabilidade será mais do governo central do que dos Estados”.

2012

Sobre as contas em 2012, Mantega afirmou que o plano do governo é cumprir a meta cheia. “Nós vamos continuar perseguindo a meta cheia. O governo sempre buscará a meta cheia. Já está assim porque tínhamos autorização para abater o PPI e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e nós evitamos fazê-lo”.

Mantega reconheceu, no entanto, que o governo teve de lançar mão desse instrumento nos dois últimos anos. “Fizemos isso apenas nos últimos dois anos. Nos anos anteriores, não abatemos embora pudéssemos abater. Vamos continuar nessa sistemática”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.