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Manutenção na Selic é consenso – atenção está no tom, não no número

Mercado acredita que o BC deve permanecer firme em seu compromisso, mas há divergências sobre a "janela ideal" para a flexibilização

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 nov 2025, 17h35

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), iniciada nesta terça-feira, cuja decisão será divulgada amanhã, não deve reservar surpresas para o mercado. A manutenção da Selic em 15% ao ano é praticamente consensual. A verdadeira protagonista, no entanto, não será a decisão em si, mas o tom do comunicado que acompanhará o anúncio.

Embora sinais iniciais de desaceleração econômica e uma modesta queda nas expectativas inflacionárias sugiram algum alívio, o mercado acredita que o Banco Central deve permanecer firme em seu compromisso de preservar a credibilidade da política monetária. Para Pedro Cutolo, estrategista da ONE Wealth Management, “há espaço técnico para reduzir a Selic, mas o compromisso do comitê com a coerência de seu discurso deve manter os juros em 15% nesta reunião. No entanto, o comunicado precisa ser suficientemente flexível para abrir caminho a um corte em dezembro”.

O mais recente Boletim Focus reforça a tendência desinflacionária: a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 caiu para 4,55%, a sexta redução consecutiva, enquanto as estimativas para 2026, 2027 e 2028 recuaram para patamares ligeiramente abaixo de 4,3%. Ainda assim, permanecem acima do centro da meta de 3%, indicando que a ancoragem das expectativas continua incompleta. É por isso, que “uma porta aberta” para reduzir os juros ainda não é consenso no mercado. Roberto Simioni, economista-chefe da Blue3 Investimentos, lembra que, embora o cenário prospectivo mostre trajetórias desinflacionárias, “a Selic deve ser mantida, refletindo a convicção de que as condições necessárias para cortes ainda não estão integralmente satisfeitas”.

Apesar do consenso no mercado sobre a manutenção da Selic, há divergências sobre a “janela ideal” para iniciar a flexibilização. Na avaliação do economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, o Copom poderá reconhecer alguma melhora na inflação corrente, mas manterá a sinalização de juros elevados por um período prolongado devido à resiliência do mercado de trabalho em um contexto externo ainda incerto. A leitura é a mesma do banco Daycoval, que afirma que os recentes elementos de melhora inflacionária “não bastam para alterar a avaliação do Comitê”. Ambos acreditam que o ciclo de aperto monetário ainda deve se estender.

Com o mercado dividido sobre o espaço para cortes de juros no próximo ano, a atenção se concentra no comunicado do colegiado, que poderá oferecer pistas cruciais sobre o horizonte para a redução da Selic e indicar se o Banco Central pretende agir mais cedo ou adiar o início do ciclo.

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