Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mantega e Graça Foster divergem sobre reajuste da gasolina

Ministro diz que estatal não está pedindo aumento do preço da gasolina. No mesmo dia, Graça Foster diz o contrário

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 nov 2012, 17h56

O governo e a Petrobras parecem estar longe de um acordo sobre o aumento do preço da gasolina. Reportagem da ‘Folha de S. Paulo’ desta quarta-feira afirmou, citando fontes da empresa, que o reajuste deve ocorrer em 2013 e pode chegar a 15%. Contudo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, rapidamente veio a público com uma negativa: disse, nesta tarde, que não existe demanda da Petrobras para aumentar novamente os preços dos combustíveis. “A dificuldade que a Petrobras enfrenta é na entrega de algumas encomendas por parte de fornecedores”, disse.

Só que na mesma tarde, a presidente da estatal, Graça Foster, deu declarações sobre o tema depois de receber a Medalha do Mérito Legislativo da Câmara dos Deputados, em Brasília. “Evidentemente se espera um aumento. A depender do comportamento do brent (petróleo cru) e do câmbio, a necessidade se tornará mais permanente”, afirmou a executiva, sem especificar o prazo nem o valor do aumento. O reajuste depende, segundo ela, do comportamento do câmbio e do petróleo no mercado externo. Mas o temor do governo é de que esse aumento pressione a inflação no Brasil.

É ponto pacífico entre analistas do setor de óleo e gás que a Petrobras vem batalhando junto ao governo um aumento no preço do combustível – algo que não ocorre desde 2006. Nos últimos meses, a pressão da empresa tem aumentado, sobretudo após a divulgação de seus resultados do segundo trimestre, que mostraram o primeiro prejuízo em 13 anos e colocaram em xeque o caixa da empresa. Assim, a negativa de Mantega evidencia não só o intervencionismo sobre a empresa, mas também a falta de diálogo. Graça vem afirmando, desde o início do segundo semestre, que o reajuste será inevitável.

A presidente da estatal não quis dar mais detalhes sobre o aumento da gasolina. Preferiu evidenciar os resultados de sua gestão no comando da empresa. Segundo ela, a Petrobras se encontra com “uma caixa muito saudável” e a situação “está absolutamente sob controle”.

Continua após a publicidade

Choque de gestão – As mudanças feitas pela executiva na gestão da Petrobras foram tema de extensa reportagem da revista britânica ‘The Economist’ desta semana. A estatal, de acordo com a matéria, agora entende que precisa concentrar seus esforços na extração de petróleo e não servir como veículo desenvolvimentista do governo. A ‘Economist’ cita frases da executiva que nada lembram a postura populista de seu antecessor, José Sérgio Gabrielli. “A Petrobras não acredita que o desenvolvimento do país seja o seu foco de atuação. Nem todo projeto que é bom para o país será executado, pois nem todos são economicamente viáveis”, afirmou.

As mudanças, nas palavras da presidente, estão sendo feitas em quatro partes e já são conhecidas pelo mercado: venda de ativos no exterior; metas individuais de desempenho para cada plataforma e gestor; melhoria nos controles de custo; e manutenção aprimorada. A executiva contou que, até o final de 2012, cada funcionário receberá uma carta assinada por ela mostrando as metas de cortes de custo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.