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Mantega diz que BNDES receberá menos recursos em 2014

Para ministro, bancos privados financiarão mais no longo prazo, tirando a pressão dos bancos públicos e do BNDES

Por Da Redação
22 out 2013, 18h07

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou a solidez do sistema financeiro nacional nesta terça-feira, após encontro com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurria. O ministro também ressaltou a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES) como indutor de crescimento.

O secretário-geral da OCDE concordou com Mantega e ainda comentou o papel dos bancos de desenvolvimento. Ele disse que o dia em que tais instituições não forem mais necessárias, é porque o sistema financeiro estará operando perfeitamente. “Mas acho que esse momento não chegou”, afirmou Gurria.

O ministro brasileiro, contudo, contrariou o secretário. “Aqui está chegando. O BNDES vai receber cada vez menos recursos porque os bancos privados estão se interessando pelos financiamentos de longo prazo”, disse Mantega. Segundo o ministro, o Tesouro deve transferir cerca de 20 bilhões de reais este ano para o banco. “O empréstimo este ano será de 20 bilhões de reais, bem menos que no ano passado e assim por diante. Estamos, a cada ano, diminuindo o aporte, de modo a zerar este aporte em breve”.

Mantega afirmou que não há previsão de aportes para o próximo ano. Ele lembrou ainda que o governo já fez este ano uma capitalização no BNDES no valor de 15 bilhões de reais, mas estes recursos têm natureza diferente dos 20 bilhões que serão destinados para as linhas de financiamentos mais baratas.

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Atuação dos bancos públicos – O ministro Mantega negou que o governo tenha como ideologia o uso de bancos públicos para financiar a economia e ocupar espaço no crédito. Segundo ele, o governo teve de utilizar os bancos públicos devido à crise financeira de 2008 e 2009, que paralisou as economias, o comércio exterior e os investimentos. “Como o Brasil tem bancos públicos, estimulamos a liberação de crédito”, afirmou. “Em 2010, os bancos privados voltaram com força e recuperaram o seu lugar. Não há ideologia de que banco público tem que ocupar espaço. O que há é necessidade de financiar a atividade econômica, que não pode parar”, acrescentou.

Ele lembrou que, em 2011, com a crise na Europa, os bancos públicos tiveram de voltar a atuar. “O investimento caiu e ele é fundamental, daí a importância do BNDES ter recebido recursos”, afirmou. Segundo ele, o Tesouro financiou o BNDES e esses recursos vão voltar. “Os investimentos voltaram a crescer e são os que mais crescem, graças aos programas de investimento com taxas menores”.

Mantega ressaltou que, a despeito das ações envolvendo os bancos públicos, tudo foi decidido seguindo regras de governança similares às do setor privado. “O Banco do Brasil tem ações no mercado, é uma empresa de capital aberto, com desempenho igual ou melhor do que os bancos privados. Tem lucro, e é tão alto quanto o dos bons bancos brasileiros, e a Caixa não fica atrás”.

Segundo o ministro, os bancos públicos poderão voltar a atuar menos a partir do momento em que os bancos privados voltem a financiar mais a economia. “Acho que eles (bancos privados) estão voltando. Vão financiar as concessões”, afirmou. “Essa complementaridade se deu de forma mais intensa durante a crise”.

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(com Estadão Conteúdo)

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