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Mantega confirma que Tesouro poderá dar auxílio ‘extra’ ao setor elétrico

Além dos 9 bilhões de reais previstos no Orçamento para o setor em 2014, ministro não descarta a injeção de mais recursos no caixa das distribuidoras para subsidiar conta de luz

Por Da Redação
5 fev 2014, 16h54

O ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou nesta quarta-feira que, “se for necessário”, o Tesouro Nacional pode dar ajuda auxiliar às distribuidoras de energia, além dos 9 bilhões de reais previstos no Orçamento para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Mantega, entretanto, não detalhou valores. “Não sabemos em que medida pode ser o auxílio, temos de esperar mais um pouco para saber qual é o rumo que a chuva vai tomar, se vai vir mais, se vai vir menos. Por enquanto, é um problema de janeiro e fevereiro”, disse. “Daremos cobertura para esses problemas, de modo que isso (religamento das térmicas) não passe para a tarifa do consumidor final”, afirmou.

O ministro afirmou ainda que não está definido o valor do corte do Orçamento de 2014, mas que ele sairá já nas próximas semanas, afirmou, ao deixar uma reunião com líderes partidários no Senado. Nesta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff esteve reunida com a Junta Orçamentária, da qual Mantega também faz parte, para discutir o tamanho do esforço fiscal que será perseguido em 2014.

No ano passado, o governo já havia transferido recursos às distribuidoras para evitar um aumento de preço da tarifa. Ao todo, o Tesouro desembolsou 9,8 bilhões de reais para a CDE.

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A ajuda financeira do governo às empresas visa evitar que o enorme salto no preço da energia comercializada no mercado livre, e adquirida pelas distribuidoras, seja repassado ao consumidor. O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), que baliza a comercialização de energia por algumas indústrias e distribuidoras, atingiu o recorde de 822,83 reais nesta semana – um salto de quase 100% em relação à semana anterior. Segundo especialistas ouvidos pelo site de VEJA, tal reajuste poderá ser repassado ao consumidor residencial em 2015, caso o nível dos reservatórios não aumente para compensar a alta dos preços.

Os repasses do Tesouro também devem servir para subsidiar a energia fornecida pelas termelétricas, cujo valor é bem superior ao das hidrelétricas. O aumento da demanda, que vem atingindo picos ao longo das últimas semanas, exige o religamento das térmicas mais caras. E, segundo informações da coluna Radar On-line, do site de VEJA, a capacidade desse tipo de energia também está no limite.

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A decisão de auxiliar financeiramente as distribuidoras deve ser transmitida às empresas em reunião nesta quarta-feira, em Brasília, no Ministério de Minas e Energia (MME).

Ainda há divisão interna no governo sobre como agir para evitar que os repasses do Tesouro sejam muito elevados. Pressionado a entregar uma meta fiscal rigorosa e convincente, o governo tem feito de tudo para reduzir despesas – e a crescente explosão de custos no setor elétrico vem na contramão deste esforço. Há consenso que um auxílio do Tesouro ao setor é menos danoso para a economia brasileira que o repasse para a conta de luz, mas a divisão na equipe econômica se dá quanto à forma.

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(Com Estadão Conteúdo)

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