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Mantega afirma que alta do IPCA em abril não preocupa

Por Da Redação
10 Maio 2012, 14h13

Por Eduardo Cucolo

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira que a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em abril não é preocupante porque a inflação vai continuar em uma trajetória menor do que a do ano passado.

Ele destacou que houve fatores específicos responsáveis pela elevação na comparação com os meses anteriores, como a alta de 15% no preço do cigarro, “que foi o maior vilão da inflação”, segundo o ministro, além do aumento de preços do feijão e do custo de empregados domésticos.

“Tivemos uma elevação em relação ao mês passado, mas ela foi inferior ao mesmo mês do ano passado. Continuamos com inflação muito menor que no ano passado”, disse o ministro. “Nada preocupante, porque ela (inflação) vai continuar numa trajetória menor que no ano passado.”

Mantega afirmou também que não há previsão de reajuste dos combustíveis, mas não deu mais detalhes sobre o assunto.

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A inflação medida pelo IPCA fechou abril em 0,64%, ante uma variação de 0,21% em março, conforme informou na quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o IPCA acumula alta de 1,87%, e, nos 12 meses encerrados em abril, a variação acumulada é de +5,10%.

Preocupação externa e com crédito

Segundo o ministro, o que preocupa mais o governo brasileiro neste momento é a situação internacional, em especial dos países europeus, “que estão se defrontando hoje com um agravamento da crise”.

“Está agora sendo demonstrado que a estratégia de só fazer ajuste fiscal não funciona”, afirmou Mantega “Eles estão se deparando com essa dura realidade que, aliás, já derrubou vários presidentes e primeiros-ministros”, completou, referindo-se aos desdobramentos políticos na Europa em meio à crise das dívidas soberanas. Segundo Mantega, os governos europeus vão ter de rever essa estratégia, sob pena de afetarem a si próprios. “Temos de novo problemas na Espanha e na Grécia.”

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Segundo o ministro, o presidente eleito na França, François Hollande, está com uma posição correta, pois até agora “a austeridade só levou a mais austeridade. É preciso também dar estímulos à economia”, disse.

Quanto à discussão sobre crédito, o ministro reconheceu que há escassez e que as taxas de juros ainda estão elevadas, mas que o governo vê “boa vontade” da parte dos bancos para melhorar essa situação.

“Há uma escassez de crédito? Há. As taxas estão elevadas, mas eu vejo que há uma boa vontade de parte do setor financeiro para remediar essa situação, baixando as taxas e liberando mais crédito”, afirmou.

Mantega também disse que o Brasil sofre os impactos do que acontece lá fora, principalmente a indústria, e tem problemas de crédito que estão sendo solucionados, mas que isso não acontece “do dia para a noite. Estamos em cima disso todo dia para ver se há essa reação”, afirmou.

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