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Mantega admite que desonerações chegaram ao fim

Ministro reconhece que não há mais espaço fiscal para reduzir impostos

Por Da Redação
18 jul 2013, 10h12

Em busca do cumprimento do esforço fiscal, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi categórico: não há mais espaço orçamentário para nenhum novo corte de impostos. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, ele avisou que as desonerações, após dois anos e meio figurando como principal mote da política econômica do governo Dilma Rousseff, “pararam”.

“Não serão feitas novas desonerações. É isso que não dá para fazer mais. Primeiro, porque as que foram feitas são suficientes. E, segundo, porque não temos espaço fiscal”, reconheceu o ministro.

A decisão de congelar as desonerações ocorre no momento em que o Congresso tem ampliado renúncias fiscais, enquanto o governo trabalha para fechar mais um corte de despesas do Orçamento para conseguir cumprir a meta fiscal de economizar 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. O governo tem o prazo da próxima segunda-feira para decidir o tamanho do corte nas contas. Esta semana os ministros da Fazenda, de Planejamento, Orçamento e Gestão e a Presidência têm se reunido para discutir o assunto. De acordo com os bastidores, nenhum consenso foi encontrado até o momento.

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Segundo Mantega, o governo conseguiu manter sob controle as três principais despesas orçamentárias: previdência, folha de pagamentos dos servidores e pagamento de juros da dívida pública. “Estamos numa trajetória fiscal sólida. E sempre tentando fazer ajuste e cortes que não sejam em investimentos e programas sociais”, afirmou. Apesar da fala do ministro, ações recentes do governo mostram que as medidas de malabarismo contábil só aumentaram neste ano. (Confira lista).

Otimismo – Em linha com a fala de Dilma Rousseff, que criticou o pessimismo quando à economia na véspera, Mantega deixou claro mais uma vez seu otimismo, principalmente depois que a inflação desacelerou em junho. O ministro admitiu que a alta da inflação foi o “grande” problema para a economia no primeiros meses do ano, mas se transformou numa “boa noticia” para o segundo semestre. “Vinha caindo nos últimos meses e, agora, está chegando num patamar bastante razoável.”

Com a inflação mais baixa, previu Mantega, haverá recomposição do poder aquisitivo do consumidor, aumento do consumo e das vendas do comércio. Esse movimento, associado à recuperação da renda salarial e menor inadimplência, deve garantir uma alta do crédito que ficou contido no primeiro semestre, prejudicando a retomada econômica.

Os bancos, relatou, se preparam para emprestar mais, depois de segurar os financiamentos na primeira metade do ano. Foi essa avaliação que recebeu de banqueiros privados em encontro recente.

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Para Mantega, a Petrobras contribuirá com a balança comercial. O ministro, que preside o conselho de administração da estatal, afirmou que a empresa fez ajustes e paradas técnicas que reduziram a produção no primeiro semestre. Com isso, houve aumento das importações e queda nas exportações.

Leia ainda: Defasagem do preço da gasolina chega a 25% e penaliza Petrobras

(com Estadão Conteúdo)

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