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Manifestantes pró-Bolsonaro fecham estradas em 20 estados e no DF

Atos começaram na noite de domingo, após confirmação da vitória da Lula; bloqueios sobem em relação à segunda de manhã, quando eram em onze estados e no DF

Por Larissa Quintino Atualizado em 1 nov 2022, 12h38 - Publicado em 1 nov 2022, 08h24

Cerca de 36 horas após Jair Bolsonaro (PL) ser derrotado nas urnas, as manifestações de caminhoneiros e apoiadores do atual presidente, continuam. Segundo o último balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado nesta terça-feira, 1º, às 11h50, há atos em 20 estados mais o Distrito Federal. Apenas o Amapá, Alagoas, Sergipe e Paraíba, Ceará e Roraima não registravam manifestações. Na manhã de segunda-feira, os bloqueios e interdições eram registrados em onze estados e no DF.

Além das estradas federais, há pontos de bloqueios em rodovias estaduais. Em São Paulo, manifestantes bloquearam trechos das rodovias Castello Branco, Ayrton Senna, Anhanguera, Bandeirantes e no Rodoanel. A rodovia Santos Dumont, único acesso para o Aeroporto Internacional de Viracopos, foi bloqueada pelos manifestantes. Segundo a PRF, o número de desobstruções vêm caindo. As polícias militares dos estados estão autorizadas a realizarem os desbloqueios tanto em pontos estaduais quanto federais.

Os bolsonaristas protestam contra o resultado das urnas, que deram vitória para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O movimento, sem uma clara liderança, fala que desbloqueará os trechos após falas de Bolsonaro ou intervenção militar. Desde que foi derrotado nas urnas, o atual governante segue em silêncio, sem reconhecer a derrota eleitoral.

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, determinou na noite de segunda que a Polícia Rodoviária Federal e as polícias militares dos estados tomem ações imediatas para a desobstrução de vias ocupadas ilegalmente. A decisão foi confirmada pela maioria dos ministros do STF nas primeiras horas desta terça-feira, 1º, em votação virtual. Até as 6h, os magistrados que acompanharam Moraes foram Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Dias Toffoli.

Logo após a decisão de Moraes, a PRF passou a divulgar o número de atos desfeitos. Às 20h, 75 manifestações de caráter golpista foram desfeitas.  Até às 6h, eram 192, às 9h, 246, às 10h30, 288 e às 11h50, 306 pontos de desobstrução.

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Lideranças dos caminhoneiros como a Abrava (Associação dos Caminhoneiros Autônomos, que reúnem lideranças das paralisações das estradas em 2018),  Confederação Nacional dos Transportes, e a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística -(NTC&Logística) declararam publicamente que não apoiam os protestos que paralisam as estradas. Em 2018, os caminhoneiros bloquearam as estradas do país por 10 dias, com consequências como queda do PIB e picos de inflação nos meses de junho e julho. Houve desabastecimento de combustíveis e de alguns alimentos.

Protestos

As manifestações que contestam a derrota de Bolsonaro emulam os protestos dos caminhoneiros após o 7 de setembro de 2021. Na ocasião, caminhoneiros e manifestantes pró-Bolsonaro fecharam estradas em alguns locais do país pedindo intervenção militar, voto impresso e renúncia dos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.

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