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Maior fundo do mundo, BlackRock lança opções para pequeno investidor

A ideia é alcançar 100 ETFs até o final do ano. À VEJA, o CEO no Brasil da maior gestora de fundos do mundo conta a estratégia de crescer no país

Por Luisa Purchio 21 jun 2021, 12h52

Nesta segunda-feira, 21, a BlackRock, maior gestora de investimentos do mundo, lança em parceria com a B3 nove BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de ETFs para pessoa física, títulos que representam índices de ações no exterior e por meio dos quais é possível acessar as bolsas internacionais por meio de investimento feito na bolsa brasileira. Na prática, isso significa que o investidor local conseguirá replicar os movimentos de novas bolsas de valores por meio da B3 – antigamente, só era possível acessá-las buscando uma gestora alocada fora do país.

Entre as principais inovações deste lançamento (veja quadro abaixo) estão BDRs ligados a índices da Austrália e da França, além de ações de potencial de grande crescimento e de valor do índice S&P 500, da bolsa de Nova York. Com eles, a B3 passa agora a oferecer para o investidor do varejo 32 BDRs, que se somam aos 31 que já estão disponíveis apenas para investidores mais qualificados. O objetivo é chegar em 100 BDRs para o investidor pessoa física até o final do ano, inclusive alguns de renda fixa.

De Vinhedo, no interior do estado de São Paulo, o CEO da BlackRock no Brasil, Carlos Takahashi, vem estimulando o investimento. Ele administra os negócios locais da maior gestora de fundos no mundo à distância, em isolamento social com a família desde o início da pandemia. Takahashi esteve durante 40 anos no Banco do Brasil e alcançou o cargo de CEO da BB DTVM, a gestora de investimentos da estatal. Após se aposentar, não quis parar de trabalhar e hoje aos 60 anos rege a gestora de Larry Fink, na qual ingressou em 2019. Para se ter ideia do porte da BlackRock, este ano ela alcançou 9 trilhões de dólares sob gestão – seis vezes o PIB do Brasil em 2020 na dotação do dólar atual

De origem japonesa, Takahashi leva a cultura dos seus ancestrais para sua gestão e se orgulha da árvore de cerejeira no jardim de sua casa, uma das mais tradicionais do Japão e que significa a beleza e a efemeridade da vida. “Sempre falo que tudo na vida tem três pesos fundamentais, especialmente no campo profissional: projetos, pessoas e propósito. Todo empreendimento tem de ter um projeto importante e um propósito acima de tudo, e isso se faz através de pessoas. Se a proposta tiver estas três coisas, eu embarco”, diz ele à VEJA.

A BlackRock vem crescendo com força no Brasil. Desde que foram lançados em parceria com a B3, de novembro do ano passado até maio, os BDRs de ETFs locais chegaram a 2,5 bilhões de reais em patrimônio. Já os chamados feeder funds, fundos mútuos da gestora no país que compram cotas de algum fundo mútuo global, chegaram a 840 milhões de reais. Apesar de ser focada em atrair os investidores do varejo – como vêm fazendo os grandes players nacionais -, a BlackRock possui, no Brasil, uma estratégia baseada em parceria com “todos os canais de distribuição” para ofercer seus produtos. Além disso, não pretende crescer por meio de fusões de aquisições, como vem sendo feito pela XP e o BTG, que comprou recentemente a Universa, por exemplo.

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“Globalmente a empresa sempre olha oportunidades, mas o que estamos enxergando no Brasil é que um momento de muitas capacidades de investimento global, oportuno para buscar crescimento orgânico de forma mais acelerada”, diz Takahashi. Ainda que o Ibovespa e as empresas brasileiras estejam vivendo um bom momento de crescimento, tendo ultrapassado recentemente os 130 mil pontos, e que o real ainda tenha espaço para se valorizar em relação ao dólar, ele afirma que as bolsas internacionais são uma maneira de diversificar.

“A discussão de máximas nem sempre é feita com racionalidade e falar sobre o S&P 500 já ter atingido sua máxima é muito difícil. Ele é o maior e mais antigo índice do mundo e o Estados Unidos é o país que conseguiu colocar o maior volume e a maior quantidade de medidas de apoio à retomada econômica, tanto que conseguiu retomar rapidamente. Então, quando você faz uma diversificação dessa natureza, não está só buscando o melhor retorno, mas um portfólio que supere situações mais complexas. É não colocar todos os ovos na mesma cesta”, diz ele.

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