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Levy reclamou de isolamento e falta de apoio do governo

Após ser derrotado na discussão do Orçamento com déficit, ministro da Fazenda deixou claro que, sem apoio, sua permanência no cargo está ameaçada

Por Da Redação
3 set 2015, 12h32

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, procurou nesta quarta-feira a presidente Dilma Rousseff e o seu vice, Michel Temer, para lhes dizer que está se sentindo isolado e sem apoio no governo. A sua atitude ocorre após o Planalto encaminhar ao Congresso o texto do Orçamento de 2016 com previsão de déficit de 30,5 bilhões de reais, proposta a qual o titular da Fazenda foi contra. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada na edição desta quinta-feira, Levy deixou claro ao governo que, sem o apoio do próprio, sua permanência no cargo está em xeque. Apesar do tom duro, ele não chegou a falar em demissão.

Um aliado de Levy ouvido pelo jornal disse que a conversa com Dilma e Temer foi uma espécie de “desabafo”, de alguém que está está sofrendo diversos derrotas no embate de conseguir emplacar as medidas de ajuste fiscal.

Após falar com Levy por telefone, a presidente Dilma fez um desagravo público ao ministro, dizendo que ele “não está desgastado” nem “isolado” no governo. “Dentro de uma família, só tem uma opinião? Não, dentro de uma família tem várias opiniões. O fato de haver opiniões de A, de B, de C, de D… não significa que a família está desunida, significa que ela debate, discute”, afirmou a presidente, acrescentando que, a partir do momento em que se toma uma posição, “ela é de todos nós (governo)”.

As divergências entre Levy e o Planalto, mais precisamente com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, não se deram apenas na questão do Orçamento do próximo ano. Levy também era contrário à redução da meta fiscal, de 1,1% para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB), da criação da CPMF, que ainda não parece de todo descartada; e do pagamento do adiantamento de metade do 13º dos aposentados em setembro.

De acordo com uma fonte ouvida pelo jornal Valor Econômico, Levy só está no cargo porque a sua saída poderia precipitar a perda do grau de investimento. “A saída dele agora será um desastre. É o pau da barraca”, disse a fonte. Por isso, apesar dos desentendimentos com o governo, ele deve continuar à frente da Fazenda, a menos que queira sair.

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