Levy diz que depois de ajuste, vai mirar o ‘Triplo A’

Ministro afirmou que após a implementação das medidas no campo fiscal, o próximo passo é galgar degraus até a nota máxima emitida pelas agências de classificação de risco

Por Da Redação
4 Maio 2015, 22h00

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou na noite desta segunda-feira que o ajuste fiscal é apenas “a primeira etapa do ajuste econômico”. Segundo Levy, “vencida a etapa do ajuste” será possível implementar uma agenda “triplo A (AAA)” para o país, em referência à nota máxima concedida por agências de classificação de risco aos países. Atualmente, o Brasil tem a nota BBB -, o que significa que está a um ponto de perder o grau de investimento, que é a chancela das agências de que o país é um porto seguro.

O ministro citou “como exemplo prático” o papel do Banco Nacional de Desevolvimento Econômico e Solcial (BNDES) e disse que “ele continuará sendo importante, mas não como era antes”. Segundo Levy, é preciso mudar as políticas de financiamento para alcançar com sucesso a solidez fiscal exigida pelo atual momento. “Temos como conseguir. Exigirá esforço e imaginação, mas tenho muita confiança”, falou.

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Levy afirmou que essa nova postura do governo será uma das pedras fundamentais da agenda “Triplo A”. “É a agenda para além do ajuste e ela só poderá existir se o ajuste estiver completo”, afirmou.

Segundo Levy, o desafio do setor privado brasileiro, junto com o governo, é aceitar que as coisas não serão iguais ao passado – e sim melhores. “Temos de ser facilitadores do futuro e não restauradores do passado”, disse a uma plateia de empresários e executivos em evento na capital paulista. “Essa tem de ser a nossa motivação e tenho a confiança de que com isso seremos vitoriosos.”

(Com Estadão Conteúdo)