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Levy anuncia programa de concessões para investimentos em infraestrutura

Em meio à crise econômica, o ministro da Fazenda afirma que governo tentará apresentar um cronograma até maio para atrair recursos ao país

Por Da Redação
18 abr 2015, 20h57

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou neste sábado que o Brasil irá lançar um novo programa de concessões de infraestrutura até maio. “Nosso plano é, nas próximas semanas ou meses, apresentar uma visão global das áreas que estarão disponíveis para concessão”, afirmou em entrevista realizada na embaixada brasileira em Washington, paralelamente à reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo ele, até o próximo mês, deve ser possível ter uma ideia geral do processo. O objetivo é montar um cronograma, já que os leilões levam tempo. “Os investidores gostam de ter um programa”, disse. O ministro ressaltou, no entanto, que a iniciativa está sob a responsabilidade do Ministério do Planejamento.

Levy evitou falar em valores, mas lembrou que o setor privado investiu 200 bilhões de dólares (cerca de 600 bilhões de reais) nos últimos cinco anos no país, excluindo o setor de óleo e gás. “Há bastante demanda”, disse.

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Paralelamente, serão discutidos mecanismos de financiamento para os projetos brasileiros. O ministro voltou a reforçar a importância do mercado de capitais e dos produtos de renda fixa, ao mencionar a iniciativa lançada junto com o do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recentemente. Pelo esquema, as empresas que buscarem financiamento no banco de fomento terão de emitir uma parte em debêntures.

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O ministro também sugeriu que pode haver alterações nos processos. Embora tenha afirmado que o sistema brasileiro de concessão é consagrado, ele afirmou que “todo modelo pode ter aprimoramento”.

Obstáculos – A atração de investimentos para a infraestrutura brasileira é um desafio ao governo neste momento em que várias empreiteiras, tradicionais empreendedoras do setor, estão sob investigação da Operação Lava Jato. Em sua visita a Washington, para a reunião do FMI, Levy tratou do tema em uma série de reuniões com investidores.

Segundo ele, a maior parte dos encontros foi exatamente com investidores voltados a projetos, e não ao mercado financeiro. “Estamos vendo formas de financiar o investimento com poupança local e estrangeira.”

Também houve conversas sobre o assunto com o Banco Mundial, que deve ajudar a construir os projetos. Conforme Levy, o organismo multilateral tem interesse em contribuir porque aquilo que for adotado no Brasil poderá ser replicado em outros países.

Confiança – O ministro afirmou ainda que a reação de investidores de infraestrutura com os quais se encontrou esta semana nos Estados Unidos foi “muito positiva”.

“Estamos cada vez evoluindo mais em ver novas maneiras para financiar o investimento, tanto com poupança local, como estrangeira”, disse.

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De acordo com ele, os investidores estrangeiros entenderam o novo papel do BNDES, que será parceiro do mercado de capitais. “Isso significa uma possibilidade de ampliação de fonte (de recursos). A infraestrutura no Brasil é ganha-ganha”, afirmou o ministro.

“O setor privado vai começar a se mexer quando ver que todas as votações no Congresso (sobre o ajuste fiscal) estão completadas, vendo que (o governo) não só tem apoio, mas que a primeira etapa foi concluída”, afirmou Levy.

Sobre a meta de superávit, o ministro afirmou que uma vez que o governo consiga que o Congresso vote as medidas que já estão lá, as coisas ficam mais fáceis.

Um dos temas que Levy discutiu com o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew, foi a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, em 30 de junho. Segundo o ministro, todo o governo dos Estados Unidos tem expectativa muito positiva em relação à visita. “Vai ser uma oportunidade para estreitar laços econômicos, estar em contato com empresas e setores que têm relacionamento com o Brasil.”

(Com Estadão Conteúdo)

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