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Lenovo compra CCE e busca liderança em PCs no Brasil

Fabricante chinesa, que no país era focada no segmento corporativo, conseguirá dobrar sua participação de mercado

Por Da Redação
5 set 2012, 14h11

Valor base da operação é de 300 milhões de reais, mas pode aumentar em 400 milhões de reais até 2016

A fabricante de computadores chinesa Lenovo – a segunda maior do setor no mundo – anunciou nesta quarta-feira a compra da brasileira CCE. A aquisição faz parte de uma estratégia para se tornar a maior companhia de computadores no Brasil – posição que atualmente é ocupada pela Positivo Informática.

O valor base da aquisição é de 300 milhões de reais, sujeito a ajustes, segundo comunicado enviado pela Lenovo ao mercado de Hong Kong. Contudo, o cumprimento de alguns indicadores de desempenho da CCE até 2016 e outros ajustes podem aumentar o valor em até 400 milhões de reais.

A compra envolve as empresas Digiboard Eletrônica, produtora de placas eletrônicas e painéis de cristal líquido e LED; Digibras, que detém a marca CCE e monta produtos como computadores, TVs e celulares; e Dual Mix. Segundo a Lenovo, a equipe de administração do grupo brasileiro, comandado pelo fundador Roberto Sverner, será mantida e a empresa não vê necessidade de demissões por causa da complementaridade dos negócios das duas companhias.

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Com a aquisição, a Lenovo, que no Brasil está voltada mais ao segmento corporativo, afirma que vai quase dobrar sua participação de mercado em PCs no país, adicionando celulares e televisores à sua linha de produtos.

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“Nos últimos anos estabelecemos uma posição número 1 em mercados emergentes e esperamos fazer o mesmo no Brasil. Atuamos forte nos grandes mercados emergentes. (…) Somos dominantes na China, estamos em terceiro na Rússia e em primeiro na Índia. E estamos investindo pesado no Brasil”, afirmou a companhia em comunicado à imprensa.

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CCE – A Digibras foi criada em 1964. A companhia tem sete fábricas no polo industrial de Manaus e em São Paulo, cerca de 6 mil funcionários e faturou 1,6 bilhão de reais em 2011. A empresa produziu 774 mil PCs no ano passado e a expectativa para este ano é de 887 mil unidades.

Segundo o Morgan Stanley, a Lenovo está perto de atingir o equilíbrio financeiro em mercados emergentes, mas o Brasil é a região onde a maior parte de suas perdas ocorre, principalmente por causa de altas taxas de importação e fraca rede de distribuição de produtos.

A compra da CCE ocorre após a Lenovo ter investido 30 milhões de dólares em uma fábrica em Itu (SP) e feito uma oferta pela Positivo em 2008, que foi recusada pela companhia brasileira. “A CCE é uma aquisição excelente com sua linha de produtos… e valiosa base de manufatura no Brasil”, disse em comunicado o presidente-executivo da Lenovo, Yuanqing Yang.

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Mercado bilionário – A Lenovo afirma que o mercado brasileiro de PCs, smartphones, tablets e televisores inteligentes (SmartTVs) é avaliado em 124 bilhões de dólares. A fatia de PCs equivale a 55,5 bilhões de dólares, com crescimento anual entre 2012 e 2016 estimado em 12%. O mercado de smartphones brasileiros corresponde a 48 bilhões de dólares.

As ações da Lenovo encerraram em queda de 7,5% nesta quarta-feira na bolsa de Hong Kong, depois que a japonesa NEC vendeu toda sua participação na companhia chinesa por cerca de 230 milhões de dólares.

Foi a aquisição da divisão de PCs da IBM, em 2004, que deu projeção mundial à Lenovo. Nos últimos anos, a empresa apostou na expansão internacional, com a compra da alemã Medion, entre outras operações.

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Positivo – Nesta terça-feira, outra fabricante brasileira de computadores, a Positivo, divulgou nota negando os rumores sobre a venda de controle. Há tempos o mercado especula que a empresa poderia ser comprada justamente pela Lenovo. As ações da Positivo fecharam ontem o pregão da BM&FBovespa com valorização de 13,72%, a 6,30 reais. Entretanto, nesta quarta, os papéis devolviam os ganhos, com recuo de 13,65%.

Ainda nesta terça, a Positivo anunciou sua entrada no mercado de smartphones para complementar sua linha de produtos que, além de computadores, recebeu incrementos recentes com modelos de tablets.

(com Reuters e Agência Estado)

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