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Com pandemia, leilões online se consolidam e trazem boas oportunidades

Eventos presenciais foram substituídos em função da pandemia e, ao contrário do que se imaginava, volume de itens vendidos cresceu e tíquete médio subiu 30%

Por Diego Gimenes
Atualizado em 12 fev 2021, 19h13 - Publicado em 10 fev 2021, 17h15

Ir a um leilão, levantar a plaquinha para aumentar o seu lance e, ao som da batida do martelo, arrematar um bem. Esse era o ritual de quem costumava frequentar os leilões presenciais com a esperança de encontrar bons negócios. Porém, com a chegada da pandemia, esse mercado também mudou. A quarentena e as regras de distanciamento social aceleraram a transição do setor e os leilões foram digitalizados. Apesar da mudança do ritual, a transformação se mostrou benéfica ao setor:  o número total de bens vendidos cresceu e o tíquete médio acompanhou a tendência de alta — um retrato da crise econômica e de seus dois lados antagônicos.

O Grupo Superbid atua exclusivamente na internet há mais de 20 anos, com transações de compra e venda de empresas de diferentes segmentos. É responsável pela Sold Leilões, que realiza pregões online de imóveis de bancos, como Inter e Santander. Em 2020, com a pandemia, o total de bens vendidos cresceu 12% em relação a 2019. A venda de veículos, por exemplo, disparou 32%, assim como o tíquete médio (valor médio ofertado a cada lance), que foi 30% maior no período. O grupo também possui uma plataforma de tecnologia que oferece soluções de vendas para bens de capital e de consumo duráveis em diversas modalidades, utilizando um sistema próprio de pagamentos para as operações, e pretende chegar a 1 milhão de contas cadastradas em 2021 e ainda aumentar em 400% o número de transações financeiras. “O comprador tem a certeza de que, enquanto não retirar o bem, a empresa não vai receber o pagamento”, explica Rodrigo Santoro, CEO do Superbid.

Além da plataforma, vale destacar que o momento econômico mundial potencializa o setor. Os grandes bancos, por exemplo, são os principais leiloeiros do país, e foram muitos os brasileiros que não conseguiram pagar as prestações de seus financiamentos, sejam de imóveis ou veículos. Quando se chega ao ponto de leiloar um bem, é porque banco e devedor não conseguiram chegar a um novo acordo. Outra sequela da pandemia foi a diminuição de tamanho de algumas empresas, que precisaram vender parte de seus ativos para não fechar as portas. Se, por um lado, há quem não tenha condições de arcar com os boletos, por outro, há quem busque boas oportunidades.

“Eu vivo da crise, faz parte do negócio. Para mim, é justamente no pós-crise que eu começo a ter mais material para vender, este ano a carteira vai aumentar bastante”, afirma Claudia Frazão, leiloeira oficial da Frazão Leilões, que realiza leilões do Banco do Brasil, Itaú e Santander. Com a nova realidade, a empresa que também atua na operação digital passou a priorizar essa forma de pregão.  A venda de bens em leilão tem descontos agressivos que podem chegar a 80% do valor de mercado, e esta foi uma das alternativas que os compradores capitalizados encontraram para investir durante a crise.

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