Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Justiça proíbe contadora de esquema do Carf de sair do país

Gegliane Maria Bessa Pinto é suspeita de integrar o esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, alvo da Operação Zelotes

Por Da Redação
1 jul 2015, 12h03

A Justiça Federal proibiu a saída do Brasil de Gegliane Maria Bessa Pinto, que trabalhava para uma das empresas investigadas pela Operação Zelotes, da Polícia Federal (PF). Ela é suspeita de integrar o esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Conforme as investigações, decisões tomadas pelo chamado tribunal administrativo da Receita Federal foram vendidas para grandes grupos empresariais entre 2004 e 2014.

Apontada como uma das contadoras do esquema, Gegliane é considerada peça crucial nas investigações. Para o Ministério Público, há fortes indícios do seu papel na organização criminosa que atuava no Carf para reduzir ou anular multas aplicadas pela Receita.

A decisão da juíza federal, Marianne Bezerra Sathler Borré, foi dada nesta terça-feira, a pedido do Ministério Público Federal. A magistrada determinou ainda a apreensão dos passaporte de Gegliane e que os órgãos encarregados de fiscalizar as saídas do Brasil fossem comunicados. “A ciência da gravidade dos fatos investigados pode fazê-la não mais querer voltar para o Brasil (…) A investigada não é pessoa desprovida de recursos financeiros e tem total possibilidade e facilidade de se deslocar para o exterior e até mesmo evadir-se”, disse, em despacho.

Leia mais:

Mudanças no Carf blindam órgão contra corrupção, diz presidente

Levy defende dedicação exclusiva de conselheiros ao Carf

União deve recuperar apenas R$ 5 bi com Operação Zelotes, diz procurador

Continua após a publicidade

Ex-funcionária da J.R. Silva Advogados e Associados, Gegliane mora na África do Sul e veio ao Brasil para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado, que apura as irregularidades no Carf. Os senadores aceitaram que o pedido dela para que a reunião fosse reservada, sem a presença da imprensa.

Conforme o inquérito, ela trabalhava para o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva, dono da J.R. Silva. Ela seria responsável pela contabilidade das empresas do ex-conselheiro e tinha a obrigação de gerir todos os recursos que entravam e saiam das diversas empresas que atuavam no esquema.

Além de J.R. Silva, o ex-conselheiro também mantinha a SGR, APS, Agropecuária Terrafertil, dentro outras. O documento diz ainda que Gegliane não se limitava a cumprir ordens de José Ricardo e que, certamente, tinha conhecimento sobre a natureza das ilicitudes nos negócios. Ela deve ser intimada a depor nesta quinta-feira no Ministério Público.

Continua após a publicidade

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.