BLACK FRIDAY: ASSINE a partir de R$ 1 por semana
Continua após publicidade

Justiça não aceitará garantia proposta pela TelexFree

Empresa acusada de crime financeiro ofereceu R$ 659 milhões como garantia para ter operações liberadas

Por Naiara Infante Bertão
22 jul 2013, 21h31

Diante da proposta da TelexFree de dar como caução o montante de 659 milhões de reais para retomar suas operações, a promotora do departamento de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Acre, Alessandra Garcia Marques, que acompanha o caso, disse so site de VEJA que “não há a menor chance de a Justiça do estado aceitar a proposta”.

Em nota no último sábado, a TelexFree divulgou em sua página no Facebook que interpôs recurso pedindo ao Tribunal de Justiça do Estado do Acre a liberação de suas operações no Brasil e o desbloqueio de seus bens, oferecendo em troca uma espécie de caução de aproximadamente 659,63 milhões de reais como garantia de que é uma empresa sólida.

“Se ela quer agir corretamente, provar que tem idoneidade, tem de pegar esse dinheiro que não está apreendido e pagar todas as pessoas que estão apreensivas, pais e mães que estão sem carro e casa”, disse Alessandra Marques, questionando também a origem desse dinheiro. “Precisamos ainda ver de onde vem esse dinheiro e porque não foi bloqueado, se pertence à empresa”, reiterou.

De acordo com o comunicado publicado pela TelexFree, “o mérito do recurso interposto pela ainda não foi analisado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Acre, o que deverá ocorrer nas próximas semanas”.

O advogado da TelexFree no Acre, Alexandre Teixeira Rodrigues, confirmou que a empresa ofereceu o caução no último dia 19 e disse que ainda não houve decisão sobre o assunto. “A empresa segue com os bens e pagamentos bloqueados”, reiterou, sem entrar em detalhes, alegando que o processo corre em segredo de Justiça.

Continua após a publicidade

Leia também:

TelexFree: como o caso traumatizou uma cidade

Pirâmide – O crime de pirâmide financeira se confunde, muitas vezes, com o modelo de marketing multinível, pois ambos trabalham com o conceito de agregar associados à rede de vendas. A diferença entre eles é que no segundo, legal, a remuneração dos associados e vendedores é atrelada ao volume de vendas e não ao número de associados novos angariados. O modelo de pirâmide é insustentável no longo prazo porque a base de potenciais associados fica, com o tempo, mais estreita – e a receita da companhia com a venda dos produtos não consegue ser suficiente para remunerar as comissões de todos os associados.

Além da TelexFree, a BBom também teve seus bens congelados durante a investigação. No caso da primeira, era comercializado um sistema de telefonia via internet, o VOIP (Voice Over Internet Protocol). Já na segunda, a inserção de novos integrantes na rede era feita sob a alegação de que eles seriam parceiros em um comércio de rastreadores, que, segundo a investigação, era um negócio de fachada. Nem mesmo os rastreadores eram homologados junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Continua após a publicidade

Leia também:

Caso Telexfree abre vespeiro na internet sobre outras empresas suspeitas

Entenda por que a Telexfree está sendo investigada

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

A melhor notícia da Black Friday

Assine VEJA pelo melhor preço do ano!

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana

a partir de R$ 1,00/semana*
(Melhor oferta do ano!)

ou

BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

a partir de R$ 29,90/mês
(Melhor oferta do ano!)

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas. Acervos disponíveis a partir de dezembro de 2023.
*Pagamento único anual de R$52, equivalente a R$1 por semana.