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Acusação de fraude fiscal leva Neymar ao banco dos réus na Espanha

Atacante é processado por problemas na transferência entre Santos e Barcelona; jogador compareceu à corte, mas foi dispensado pelo juiz

Por Larissa Quintino Atualizado em 17 out 2022, 15h35 - Publicado em 17 out 2022, 12h32

A Justiça da Espanha iniciou, nesta segunda-feira, 17, o julgamento do atacante brasileiro Neymar Jr., acusado de fraudes fiscais durante sua transferência do Santos para o Barcelona, em 2013. Além do astro brasileiro, seus pais e dirigentes do clube brasileiro e do catalão também são processados. A ação é movida pela empresa DIS e o Ministério Público espanhol. As acusações pedem a prisão de Neymar e multas para todos os envolvidos.

Neymar esteve presente no início do julgamento mas foi dispensado pelo juiz José Manuel Del Amo Sanchez de participar presencialmente após pedido da sua defesa. O juiz se declarou fã de futebol e alegou cansaço de Neymar para dispensá-lo após uma hora e meia do início do procedimento. “Eu gosto muito de futebol. Sei que o senhor Neymar Júnior ontem estava em campo pelo PSG contra o Olympique de Marselha. Sei que estava fazendo seu trabalho e marcando um gol. Portanto, está dispensado e seus advogados saberão quando ele tem que voltar”, alegou.

Segundo o jornal espanhol ‘El País’, a promotoria considera que Neymar assinou, em 2011, “contratos simulados com o Barça, ignorando que os direitos do jogador pertenciam ao Santos e à DIS, grupo de empresários”. E, por isso, pede dois anos de prisão para o jogador, além do pagamento de multa de 10 milhões de euros (cerca de 54 milhões de reais) – o pedido da DIS é de cinco anos de prisão para o atleta, além da proibição de exercer a profissão pelo mesmo período.

O caso começou a ser julgado nesta segunda-feira e vai continuar até 31 de outubro, poucas semanas antes do início da Copa do Mundo Fifa, que será disputada no Catar. O atacante é presença carimbada na seleção que disputará o hexacampeonato. Em algum momento ao longo das próximas duas semanas, Neymar terá de depor. A defesa do jogador nega as acusações e argumenta que um tribunal da Espanha não deveria poder julgar algo que no Brasil – onde o contrato foi assinado – não é considerado crime.

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