Justiça condena dono da rede de sapatos CNS por sonegação
De acordo com o MPF, a sonegação acontecia por meio da declaração de receita bruta inferior à real condição financeira da CNS
A 3ª Vara Federal Criminal de São Paulo condenou o empresário Luiz Flores Carrera, dono da rede de calçados CNS, por sonegação de tributos referentes aos anos-calendário 2006, 2007 e 2008. A pena de 4 anos de prisão foi substituída por pagamento de multa de dois salários mínimos mensais à União, além de restrições pessoais aos fins de semana.
De acordo com o Ministério Público Federal em São Paulo, a sonegação acontecia por meio da declaração de receita bruta inferior à real condição financeira da CNS. De 2006 a 2008, a empresa movimentou quase 28 milhões de reais, mas declarou à Receita Federal apenas 11,3 milhões de reais. A CNS também deixou de demonstrar a origem de uma série de depósitos bancários recebidos e omitiu ganhos com aplicações em ativos realizadas no período.
A dívida da empresa com o Fisco passa de 3,2 milhões de reais e refere-se à sonegação do pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e valores referentes ao Programa de Integração Social (PIS).
O MPF informa que a CNS não atendeu aos chamados da Receita para ajustar os livros-caixa e apresentar documentos que comprovassem as movimentações financeiras.
Procurado pela reportagem, os representantes da CNS não foram localizados para comntar a condenação.
O MPF analisa ainda a participação de outras pessoas nos crimes, pois Carrera disse em depoimento à Justiça que a administração dos negócios cabia aos seus filhos, Luiz e Richard Flores.