Justiça autoriza recuperação judicial da antiga MPX, de Eike
Eneva, hoje controlada pela alemã E.ON, tem um endividamento de 2,3 bilhões de reais
A Eneva, antiga MPX, de Eike Batista, informou nesta terça-feira que o juiz da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro decidiu autorizar o processamento da recuperação judicial da companhia e de sua subsidiária, a Eneva Participações. O juiz decidiu, também, pela nomeação da Deloitte Touché Tohmatsu como administrador judicial.
Os planos de recuperação da Eneva e da Eneva Participações serão apresentados em até 60 dias. A empresa tem um endividamento da ordem de 2,3 bilhões de reais.
A empresa de energia, antiga MPX, entrou com pedido de recuperação judicial, em caráter de urgência, em 9 de dezembro. Atualmente, conforme o site da companhia, o maior acionista da Eneva é a alemã E.ON, com 42,9%, enquanto o empresário Eike Batista possui 20%.
Desta forma, a Eneva se junta a outras empresas ligadas a Eike que entraram em recuperação judicial, casos da petroleira OGX, da empresa de construção naval OSX e da MMX Sudeste Mineração, controlada pela MMX Mineração e Metálicos.
O pedido decorre do fato de não ter sido alcançado um acordo entre a companhia e instituições financeiras na implementação de um plano de estabilização visando ao fortalecimento da estrutura de capital e medidas para o reperfilamento de suas dívidas financeiras.
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As demais subsidiárias da Eneva não foram incluídas no pedido de recuperação judicial e as usinas permanecem em operação normalmente.
(Com Estadão Conteúdo)