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Justiça americana decide prosseguir com ação contra a Petrobras

Continuidade do processo representa uma derrota para a estatal, que pedia o encerramento do caso e agora vai precisar apresentar documentos pedidos pela acusação

Por Da Redação
10 jul 2015, 11h04

A corte de Nova York decidiu rejeitar o pedido da Petrobras para encerrar a ação coletiva que corre contra ela na Justiça americana por prejuízos causados nas ações negociadas no país devido ao petrolão. Com isso, o caso avança para a etapa probatória (onde são apresentadas as provas judiciais do processo) e o julgamento deve ocorrer até o dia 1º de fevereiro de 2016.

A continuidade do processo representa uma derrota para a Petrobras, que havia pedido a anulação do caso. Agora, a companhia brasileira terá que apresentar documentos exigidos pela acusação. “O juiz determinou que as partes apresentem o cronograma do processo, que inclui a fase probatória, até o dia 15 de julho de 2015 e que o caso deverá estar pronto para julgamento até o dia 1º de fevereiro de 2016”, informou a estatal em comunicado ao mercado.

No final de junho, a Petrobras havia pedido dispensa da ação coletiva de investidores sobre o escândalo bilionário de corrupção descoberto na Operação Lava Jato. Naquele momento, o juiz distrital Jed Rakoff não proferiu decisão sobre o pedido da companhia, mas disse que o faria dentro de duas semanas.

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Autores da ação coletiva, os investidores estrangeiros argumentam que 98 bilhões de dólares das ações e títulos da estatal foram inflados artificialmente pela companhia ao superestimar o valor de alguns de seus principais projetos. Eles alegam também que seria impossível que os executivos da empresa não soubessem dos esquemas de corrupção.

A Petrobras informou que “continuará atuando firmemente na defesa de seus direitos”. Já o advogado Jeremy Lieberman, da firma Pomerantz, que representa os autores da ação, afirmou por e-mail estar satisfeito com a decisão. “Nós pretendemos defender nosso caso agressivamente e trabalhar para alcançar uma recuperação substancial para os acionistas afetados, que são as verdadeiras vítimas da fraude”, disse.

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Na audiência realizada em 25 de junho, em Nova York, que durou cerca de noventa minutos, o juiz ouviu os advogados de acusação e defesa e fez uma série de perguntas sobre o esquema de corrupção na Petrobras e os envolvidos. Roger Cooper, advogado do escritório Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, que defende a Petrobras, argumentou que a estatal foi uma vítima do esquema de corrupção e que apenas quatro executivos sabiam das operações irregulares de pagamentos de propina – Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Renato de Souza Duque e Nestor Cerveró. Cooper argumentou ainda que as perdas com propinas, estimadas em 2,5 bilhões de dólares, são pequenas perto do tamanho da Petrobras.

Pelo lado dos fundos, Lieberman afirmou que o esquema de corrupção na Petrobras é inegável e “vasto” e possivelmente vem ocorrendo “há mais de duas décadas”. Por isso, ele questionou se os argumentos dos advogados da companhia, de que a empresa desconhecia o esquema e também foi vítima da corrupção, poderiam ser levados a sério.

(Da redação)

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