Juros para pessoa física atingem mínima recorde, de 39,4% ao ano
Queda é explicada pela redução do spread bancário no mês de setembro
A taxa média de juros praticada no crédito livre caiu pelo segundo mês seguido em setembro. Os dados divulgados nesta terça-feira pelo Banco Central mostram que o juro médio dessas operações caiu de 35,2% ao ano em agosto para 35,1% ao ano no mês passado. A redução ocorreu exclusivamente no financiamento para pessoas físicas, cuja taxa média recuou de 39,9% para 39,4% ao ano. Em sentido contrário, o juro para as empresas subiu de 28,9% para 29% ao ano.
Segundo a instituição, essa é a menor taxa de juros para pessoa física da série histórica da autoridade monetária, que tem início em julho de 1994. Em agosto, os juros bancários já haviam atingido a mínima histórica, que foi renovada no mês passado.
A alteração no patamar de juros é explicada pela mudança no spread bancário – diferença entre a taxa de captação dos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes. Na média, o spread geral caiu de 24,3 pontos porcentuais para 24,1 pontos porcentuais entre agosto e setembro.
Crédito – As operações de crédito destinadas ao segmento empresarial tiveram alta. Segundo o BC, foram “impulsionadas pelas perspectivas favoráveis quanto às vendas de fim de ano”. A carteira de capital de giro aumentou em 2,8% no mês e 24,5% em doze meses.
Para pessoa física, os juros médios cobrados pelos bancos no cheque especial subiram para 167,2% ao ano, contra 165,6% ao ano no mês anterior. O juro do cheque especial é um dos mais altos de todas modalidades de crédito.
Para as operações de crédito pessoal, a taxa média cobrada pelas instituições financeiras caiu para 41,6% ao ano em setembro, na comparação com 42% em agosto.
O BC também informou que a participação do crédito no Produto Interno Bruto (PIB) atingiu 46,7% em setembro, ante os 46,2% registrados em agosto de 2010 e os 43,9% observados em setembro do ano passado.
(Com Agência Estado)