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Juros mostram divisão sobre tamanho do corte da Selic

Por Da Redação
6 mar 2012, 16h52

Por Nalu Fernandes

São Paulo – O primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem início marcado por ampla divisão das apostas no mercado de juros futuros, com investidores se entrincheirando proporcionalmente tanto a favor de corte de 0,50 ponto porcentual da Selic quanto a favor de redução mais agressiva (0,75 pp). Depois de uma manhã de acentuada aversão ao risco em escala global, levando os DIs para as mínimas, as ponderações do presidente do BC, Alexandre Tombini, sobre a atividade, guiaram a calibragem das taxas futuras para a recomposição de parte das apostas em direção a um corte de 0,50 pp. A divulgação da produção industrial de janeiro, amanhã, antes da decisão do BC, deve ajudar na definição das expectativas dos agentes de mercado.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (529.745contratos) estava na máxima em 9,01%, ante 9,03% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (209.780 contratos) marcava 9,60%, de 9,59% na véspera. O DI janeiro de 2017, com giro de 33.635 contratos, apontava 10,69%, de 10,73% ontem, e o DI janeiro de 2021 (10.360 contratos) indicava de 11,21%, de 11,22%.

No início do dia, a devolução de prêmios chegou a tornar majoritárias as apostas de redução da Selic em 0,75 pp, em relação ao nível corrente do juro, de 10,50%. Mas esse movimento teve arrefecimento, segundo cálculos com base nas taxas de juros futuros, migrando as apostas para uma divisão de 50% de probabilidade tanto para o corte em 0,75pp quanto para 0,50pp, em face das declarações de Tombini.

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Apesar do recuo em relação ao início do dia, houve crescimento das apostas em corte maior da Selic ante o nível de 40% que era precificado ontem. Tombini ponderou que o PIB brasileiro em 2011 “confirma que a atividade econômica ganhou impulso no final do ano passado”. Com os dados do último trimestre do ano passado, ele acrescentou que “as perspectivas apontam intensificação do ritmo de atividade ao longo deste ano, com a economia crescendo em ritmo maior do que o observado ano passado”. Um quadro, prosseguiu o presidente do BC, “compatível com o equilíbrio interno e externo e consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012”.

Por aqui, a alta de 2,7% no PIB de 2011 foi o mais fraco resultado anual desde 2009 (-0,3%, o ano da crise global) e foi bem diferente do desempenho de 2010 (+7,5%). Dados da Anfavea divulgados hoje mostraram que a produção de veículos cresceu 2,9% em fevereiro ante janeiro e teve queda de 26% na comparação com o mesmo mês de 2011. Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou hoje que “não há necessidade de mexer na poupança neste momento. Não vejo processo migratório para a poupança. Há espaço grande até que isso aconteça”, afirmou.

No ambiente internacional, a escalada da aversão ao risco pesou sobre os mercados globais. Os preços de commodities registraram quedas significativas em face das dúvidas quanto à perspectiva de crescimento da China. Na Europa, prossegue a insegurança dos investidores quanto à adesão privada na reestruturação da dívida grega.

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