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Juros futuros se apegam a indicadores internos e cedem

Por Da Redação
20 dez 2011, 15h41

Por Márcio Rodrigues

São Paulo – Os indicadores internos conhecidos hoje preponderaram sobre a melhora externa e ditaram o ritmo de devolução de prêmios no mercado de juros futuros. Logo cedo, os investidores se depararam com a desaceleração do IPCA na coleta diária da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que foi seguida pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrando criação de 42.735 vagas – abaixo do piso das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de 60 mil postos. Além disso, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, afirmou que há um processo de convergência da inflação para a meta, mas se limitou a dizer que esta será menor em 2012 do que foi em 2011. Com tudo isso no radar e após algumas sessões de alta das taxas, os agentes se renderam a uma realização.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013, com giro de 150.040 contratos, estava em 9,88%, de 9,91% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (150.870 contratos) cedia a 10,29%, de 10,35% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (53.070 contratos) indicava 10,91%, de 10,97% ontem, e o DI janeiro de 2021 (17.450 contratos) recuava para a mínima de 11,11%, ante 11,17% no ajuste.

O Caged abaixo do previsto também foi o pior resultado desde o mesmo mês de 2008, surpreendendo os analistas. No entanto, o economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, ponderou que o indicador dessazonalizado ainda mostra certa estabilidade na margem, com a criação de cerca de 90 mil postos. Outras três instituições – LCA, Tendências e Fator – também identificaram aumento das vagas, após promoverem os ajustes sazonais. “Há uma desaceleração, mas o dado é compatível com o comportamento do mercado de trabalho nos últimos três meses”, considerou Serrano.

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Já o presidente do BC, na avaliação de alguns agentes, foi menos enfático do que o necessário diante do cenário atual de preços. A inflação em 12 meses, segundo Tombini, após alcançar o pico em outubro, está em trajetória de queda, processo que vai continuar a ser visto nos próximos meses. Ele garantiu que a inflação do próximo ano ficará menor do que a de 2011 e que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) será maior. Um profissional de renda fixa lembrou que um dos problemas do quadro inflacionário é que “os núcleos devem continuar pressionados”. Além disso, brincou, “um IPCA de 6,4% em 2012 deve ficar abaixo do índice neste ano”.

No exterior, o noticiário conseguiu trazer algum alívio para os mercados. A notícia mais importante foi que a Espanha pagou yields (retorno ao investidor) bem menores para vender 5,64 bilhões de euros em títulos, quantia acima do esperado.

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