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Juro futuro cai em dia de correção, à espera da ata

Por Da Redação
18 jul 2012, 17h02

Por Fabrício de Castro

São Paulo – As taxas dos contratos futuros de juros corrigiram no pregão desta quarta-feira as altas da véspera, em um movimento de preparação para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser divulgada na manhã da quinta-feira. Se no dia anterior subiram após a divulgação do IGP-10 acima do esperado, nesta sessão as taxas recuaram, em especial nos vencimentos mais longos, aproximando-se de patamares verificados no início da semana.

Por enquanto, a curva a termo segue precificando de forma majoritária um corte de 0,50 ponto porcentual da Selic no próximo encontro do Copom, no fim de agosto. Para a reunião seguinte, em outubro, predomina a percepção de que a taxa básica será mantida, com apostas apenas marginais em mais um corte, desta vez de 0,25 ponto – neste caso, porém, o cenário pode mudar de forma substancial justamente na quinta-feira, com a ata.

Ao término da sessão regular da BM&F, a taxa dos contratos futuros de juros com vencimento em janeiro de 2013 (260.275 contratos) marcava 7,45%, na mínima, ante 7,47% do ajuste da véspera. A taxa do DI para janeiro de 2014 (319.265 contratos) estava em 7,76%, ante 7,78% do ajuste na terça-feira. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (106.305 contratos) tinha taxa de 9,07%, ante 9,15%, e o DI para janeiro de 2021 (2.975 contratos) marcava 9,72%, ante 9,81%.

A alta das taxas dos DIs em função do IGP-10 de 0,96% em julho deu lugar a um ajuste de prêmios. A ausência de indicadores importantes no Brasil fez as taxas recuarem e, mais para o fim do dia, alguns vencimentos marcaram as mínimas. “As taxas retornam hoje um pouco do que puxaram ontem. Notícia nova mesmo, não tem nada”, comentou à tarde um operador de renda variável e que trabalha com apenas mais um corte de 0,50 ponto porcentual da Selic neste ano. Ele advertiu, porém, que a ata pode alterar as perspectivas se trouxer “alguma palavra nova”.

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Para o gerente de renda fixa da Lerosa Investimentos, Carlos Fernando Vieira, o documento não deve trazer grandes novidades. “A gente acha que pelo que foi o último comunicado (do Copom), muito parecido com o anterior, a ata deve vir sem grandes novidades, deixando a porta aberta para mais uma queda.” A Lerosa opera com uma Selic em 7,5% no fim do ano.

Vale lembrar que, na ata anterior, divulgada em 8 de junho, o mercado observou com atenção o parágrafo 34 do documento, que citava que “qualquer movimento de flexibilização monetária adicional” deveria ser “conduzido com parcimônia”. Novamente, as atenções deverão se voltar para este trecho.

Pouco antes da divulgação da ata, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) publica a segunda prévia de julho do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que também tem potencial para influenciar os DIs. Após terem impulsionado o IGP-10, as commodities devem acelerar o IGP-M. Levantamento do AE Projeções com 21 instituições aponta que o indicador deve ficar entre 0,95% e 1,15%. A mediana projetada é de 1,02%.

O exterior exerceu uma influencia menor no mercado de renda fixa. Em discurso na Câmara dos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, voltou a mencionar a possibilidade de uso de medidas para impulsionar a economia mas sem definir prazos. O Livro Bege do Fed, divulgado à tarde, citou uma expansão moderada da economia norte-americana, sem fazer referências a mais ações de estímulo.

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