JBS e Gerdau são grupos brasileiros mais globais
Índice de internacionalização do frigorífico segue como o maior dentre as companhias nacionais; a siderúrgica, por sua vez, subiu uma posição
A JBS permanece no posto de empresa nacional mais internacionalizada em 2012, enquanto a Gerdau subiu uma posição, passando para o segundo lugar em relação a 2011. Estudo da Fundação Dom Cabral divulgado nesta terça-feira mostra que as empresas transnacionais brasileiras aumentaram o índice de internacionalização pelo terceiro ano consecutivo.
Ainda assim, as companhias esperam que as operações domésticas apresentem desempenho melhor que as externas devido à atual crise na Europa. “Este ano as empresas esperam um desempenho de moderado a alto no exterior. Assim como no ano passado, elas esperam um desempenho maior no mercado doméstico em função da crise que estamos vendo”, explicou a professora Livia Barakat, da Dom Cabral.
Cerca de 28% das empresas brasileiras planejam entrar em novos mercados, mas não consideram ingressar em países europeus neste momento. Os locais apontados para possíveis expansões são China, Índia, Estados Unidos e países da América Latina e África, como Moçambique. “Se as empresas não vão se expandir muito, pelo menos elas não sinalizaram que vão se retirar (de mercados)”, destacou o coordenador do Núcleo de Negócios Internacionais da Dom Cabral, Sherban Leonardo Cretoiu.
Internacionalmente, as empresas brasileiras possuem presença maior na América Latina, seguida por América do Norte e Europa. O ranking considera 47 empresas que investem no exterior com capital próprio.
O JBS lidera com 53,8% de índice de internacionalização, seguida por Gerdau (51,6%), Stefanini IT Solutions (46,4%), Metalfrio (45,2%) e Marfrig (44,4 por cento). “O ranking não reflete o tamanho das operações da empresa, mas sim a proporção das operações no exterior em relação ao tamanho da empresa”, explicou Livia. Dessa forma, grandes empresas como Vale, Embraer e Petrobras aparecem em 12º, 17º e 26 º lugares no ranking.
Considerando o número de países onde as empresas estão presentes, quem passa para o primeiro lugar é a Vale, seguida por Stefanini, Odebrecht, Banco do Brasil e Marfrig.
(com Reuters)