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Irritado, Obama faz alerta: ‘desta vez, Wall Street deve se preocupar’

Apesar de dizer que não toma decisões baseadas no desempenho do mercado de ações, o presidente afirmou que o atual impasse pode ter grande impacto na saúde das empresas

Por Da Redação
2 out 2013, 18h03

Em entrevista à rede de televisão norte-americana CNBC na tarde desta quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama afirmou que Wall Street precisa estar “verdadeiramente preocupada” com o que está acontecendo em Washington. “Quando se tem uma situação em que uma facção está disposta a colocar o país em default, é porque estamos com problemas”, disse Obama.

Na entrevista, o presidente disse estar “exasperado” com o Tea Party, a ala conservadora do Partido Republicano, afirmando que a hostilidade desse grupo afeta não somente o funcionamento do governo, mas a saúde da economia. “Estou exasperado com a ideia de que, a não ser que eu diga a 20 milhões de pessoas que elas não poderão ter plano de saúde, eles (os republicanos) não vão colocar fim à paralisação. Isso é irresponsável”, disse o presidente.

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Obama também criticou a difícil tarefa de manter a governabilidade num cenário de completo impasse entre os dois partidos. “Se isso virar um hábito, nenhum presidente que vier depois de mim será capaz de governar com eficiência”, afirmou. “Sei que o povo norte-americano, e acredito que as empresas também, estão cansadas dessa governança de crise a crise. Será ainda pior se nos colocarem em default pela primeira vez na história”, disse o presidente, referindo-se à possibilidade de calote de suas obrigações com os juros da dívida, caso o estado fique sem recursos para pagar os investidores de títulos públicos.

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Obama também se disse irritado com o fato de os republicanos terem se recusado a retirar demandas que levaram o governo à paralisação. “Estou irritado? Absolutamente irritado”, disse ele, acrescentando que a paralisação foi totalmente desnecessária. Apesar de dizer que não toma decisões baseadas na performance do mercado de ações, o presidente frisou que o atual impasse pode ter grande impacto nas empresas. A afirmação feita pelo presidente em entrevista ao vivo é percebida claramente como uma jogada política para pressionar os republicanos a ceder, por meio da pressão dos mercados.

Fed – Durante a entrevista, Obama não quis comentar quem deve ser o escolhido para suceder Ben Bernanke na presidência do Federal Reserve (Fed, o banco-central americano). “Ben ainda está lá e está fazendo um bom trabalho”, afirmou. O presidente disse somente que o escolhido terá de atentar para a inflação e o emprego, mantendo o mandato duplo do Fed. Diferente do Brasil, onde o Banco Central tem como atribuição principal controlar a inflação, nos EUA, o dirigente da autoridade monetária deve prezar também pela manutenção da taxa de desemprego em patamares baixos.

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(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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