IPCA sobe 0,26% em outubro, sua menor alta para o mês desde 2000

No acumulado em doze meses, inflação oficial ficou abaixo de 8% pela primeira vez desde fevereiro de 2015, segundo o IBGE

Por Da redação
9 nov 2016, 10h29

Aumento do porcentual de etanol deve amenizar reajuste da gasolina, diz governo — De acordo com o IBGE, grupo transportes, que inclui combustíveis, puxou a alta do IPCA em outubro (Luciano Amarante/VEJA)

A inflação oficial do Brasil voltou a acelerar em outubro sob o peso dos preços de transportes, segundo os números divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês passado, a alta do IPCA foi de 0,26%, ritmo superior ao de setembro, quando o indicador avançou 0,08%.

Mesmo com alta maior que a do mês anterior, o IPCA de outubro foi o menor para esse mês desde 2000, quando subiu 0,14%. Outubro foi também o mês com a segunda menor alta do indicador neste ano, atrás apenas do próprio mês de setembro.

No acumulado em doze meses, o IPCA chegou a 7,87%. Esse número ainda está bem acima do centro da meta perseguida pelo Banco Central, que é de 4,5%, ou mesmo do teto da meta, de 6,5%. Mas isso não significa que não tenha sido uma boa notícia: essa é a primeira vez desde fevereiro do ano passado que o indicador acumulado em doze meses fica abaixo de 8%.

Etanol

O principal fator para a alta de 026% da inflação em outubro foi o avanço de 0,75% do grupo transportes, que no mês anterior havia caído 0,10%. O grupo subiu devido ao aumento de 6,09% no preço do etanol. Em contrapartida, o grupo alimentação e bebidas, um dos vilões da inflação em 2016, caiu 0,05% em outubro, com destaque para o recuo de 10,68% no preço do leite longa vida.

(Com Reuters)