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IPCA consolida aposta em Selic de 10%

Por Da Redação
10 jan 2012, 15h42

Por Márcio Rodrigues

São Paulo – Se até o começo da semana passada o mercado titubeava em relação a um segundo corte da taxa Selic, em março, visto que a redução de 0,5 ponto porcentual em janeiro é dada como certa, o cumprimento da meta de inflação em 2011 e as consecutivas melhoras do IPCA diário da Fundação Getúlio Vargas, como a verificada ontem, seguem retirando prêmios da curva a termo de juros futuros. Com isso, os agentes voltaram a enxergar o juro básico em 10% no fim do primeiro trimestre, aguardando apenas a sinalização do Banco Central, após a reunião de março, sobre os passos futuros.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013, com giro de 270.985 contratos, cedia a 10,00%, de 10,04% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (171.260 contratos) recuava a 10,49%, de 10,57% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (27.260 contratos) estava em 11,10%, de 11,15% ontem, e o DI janeiro de 2021 (1.435 contratos) caía a 11,29%, de 11,34% no ajuste.

Hoje, segundo uma fonte que teve acesso à coleta diária da FGV, o IPCA no critério ponta desacelerou a alta de 0,40% no dia 7 para +0,33% ontem, com o grupo alimentação e bebidas arrefecendo o avanço de 1,24% para 0,98%. Já o IPCA geral saiu de 0,47% para 0,44%. A desaceleração do IPCA-15, por sua vez, passou de 0,47% para 0,41% no critério ponta.

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Entre os efeitos que podem pressionar os preços mais adiante, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu hoje a projeção para a safra de grãos 2011/2012 em seu quarto levantamento, em razão de fatores climáticos adversos, principalmente no Sul do País, cujas lavouras enfrentam período de estiagem. A produção nacional está estimada em 158,45 milhões de toneladas, o que representa queda de 2,8% (4,51 milhões de toneladas) em comparação com a safra 2010/11, que foi de 162,96 milhões de toneladas.

Esse quadro ruim para as commodities pode reverter, mais adiante, os atuais indicadores positivos de inflação. Até mesmo porque o clima não está nos modelos da maioria dos analistas. E, além das commodities agrícolas afetadas pela seca no Sul, o excesso de chuvas no Sudeste – sobretudo em Minas Gerais – pode impactar a exploração de minério de ferro e, consequentemente, trazer pressão aos preços da matéria-prima.

No exterior, os indicadores vieram mistos, mas os positivos prevaleceram. O principal deles é que a agência de classificação de risco Fitch informou hoje que não prevê um rebaixamento no rating triplo A da França este ano, segundo comentou uma porta-voz da companhia, citando um comunicado divulgado no mês passado.

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