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IPCA-15 surpreende positivamente, mas não deve mudar trajetória da Selic

Métrica de ‘serviços subjacentes’, muito citada por comunicados do Banco Central, ficou estável na prévia da inflação de setembro

Por Camila Barros Atualizado em 25 set 2024, 22h31 - Publicado em 25 set 2024, 11h39

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro surpreendeu positivamente e mostrou que a inflação está mais bem distribuída entre os grupos, mas não deve ser suficiente para mudar a trajetória de alta da Selic, avaliam economistas.

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Nesta quarta-feira, 25, o IBGE divulgou que o IPCA-15 variou 0,13% em setembro, abaixo dos 0,19% registrados em agosto. O índice, considerado pelo mercado como a prévia da inflação, também veio abaixo das projeções do mercado. No acumulado de 12 meses, ele desacelerou de 4,35% para 4,12%.

Segundo Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners,  o resultado mostrou uma composição benigna da inflação. “Na análise dos dados qualitativos, só tivemos boas notícias. Todas as métricas vieram menores do que em agosto e abaixo do esperado”, diz. 

O economista ressalta que a métrica de ‘serviços subjacentes’  registrou o menor número desde junho de 2020, no auge da pandemia de Covid-19. Em setembro, os serviços subjacentes variaram 0%, ante 0,39% em agosto e projeção de 0,31%. A métrica é comumente citada pelo Banco Central como determinante na análise do cenário inflacionário.

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“Hoje, esse conjunto [dos serviços subjacentes] é o que mais preocupa o Banco Central, pois é reflexo do “hiato positivo” tantas vezes mencionado no comunicado e na Ata do Banco Central”, diz Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos. Atualmente, o setor de serviços tem sido pressionado pela atividade aquecida, desemprego baixo e renda crescente, elementos que estimulam o consumo da população. 

Para Saadia, apesar dos números do IPCA-15 terem vindo abaixo das expectativas, fica evidente que a deflação observada no IPCA agosto foi um movimento pontual. Ele chama a atenção para a inflação dos alimentos, que vinham registrando sucessivas deflações, mas abandonaram essa tendência devido às queimadas e ao clima adverso.

Os economistas avaliam que as boas notícias do IPCA-15 também não devem alterar as expectativas para os próximos movimentos do Copom. “A inflação corrente é bem-vinda, mas não deve modificar as preocupações do Banco Central em relação às expectativas futuras”, diz Igor Cadilhac, economista do PicPay. 

“Mantemos a nossa expectativa de que o ritmo de alta de juros seja mantido em 0,25 p.p. nas próximas reuniões”, acrescenta Leal, da G5 Partners.

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