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IPC-S de industrializados cai ao menor nível desde 2010

Por Da Redação
1 ago 2012, 15h33

Por Wladimir D’Andrade

São Paulo – Os preços dos produtos industrializados e dos comercializáveis apresentaram recuo de 0,18%, cada grupo, no mês de julho, na variação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), o que levou a inflação desses grupos no acumulado de 12 meses ao menor nível desde setembro de 2010. Até julho, os produtos industrializados acumulam alta em 12 meses de 1,66%, ante 2,02% no acumulado até junho, enquanto os preços dos comercializáveis registram variação positiva de 1,95% no período, ante 2,21% em junho. Em setembro de 2010, os industrializados variaram na base de 12 meses 1,56% e os comercializáveis, 1,92%.

De acordo com o coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti, a retração nesses dois grupos é um reflexo da desaceleração da economia verificada em julho e em todo o primeiro semestre do ano. Segundo ele, a diminuição da demanda e do desempenho do ritmo da indústria compensou a alta da taxa de câmbio verificada nos últimos meses. “O câmbio teve uma mudança expressiva de patamar neste ano, mas essa variação não chegou ao varejo por conta da redução da demanda e do desempenho da indústria.”

O IPC-S acumula no ano, até julho, alta de 3,06%. Desse resultado, o cigarro foi responsável por uma adição de 0,23 ponto porcentual. Apesar do item não ter exercido pressão sobre o IPC-S de julho, ele subiu 20,06% no ano. Também impactaram expressivamente o IPC-S até julho tarifa de ônibus, responsável por 0,21 ponto porcentual; refeições em bares e restaurantes, 0,20 ponto porcentual; e o tomate, que, com alta de 53,46% nos últimos sete meses, contribuiu com 0,14 ponto porcentual no IPC-S do acumulado do ano.

As maiores pressões de baixa vieram dos automóveis novos, que, beneficiados pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), já recuaram 4,63% em 2012 e foram responsáveis por uma queda de 0,13 ponto porcentual no IPC-S do ano. Automóveis usados já baixaram 7,96% neste ano e contribuíram com um recuo de 0,11 ponto porcentual no índice.

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Picchetti chamou a atenção no IPC-S de julho, que encerrou o mês em alta de 0,22%, contrariando previsão do economista de avanço de 0,10%, para o grupo Alimentação, que em 2010 e 2011 havia apresentado deflação. Em julho de 2010, o grupo Alimentação recuou 1,19% e no mesmo mês de 2011 registrou variação negativa de 0,67%. Em julho de 2012, o preço dos alimentos subiu 1,02%.

“O choque agrícola dos alimentos in natura, que já vinha sendo observado nas primeiras quadrissemanas de julho, manteve a pressão no final do mês, e tem também a greve dos caminhoneiros, que não ajudou”, disse Picchetti, ao justificar porque o IPC-S de julho ficou acima de sua previsão.

Sobre o impacto da alta dos preços das commodities no mercado internacional, Picchetti explicou que ele raramente chega ao varejo. “Os efeitos dos preços internacionais das commodities geralmente são vistos no óleo de soja, mas com reflexos menores e dissipados do atacado para o varejo”, afirmou, dizendo que este item não teve alterações em julho nem deve sofrer impactos significativos nas próximas semanas.

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