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Investimentos brasileiros na Europa chegam a US$ 67 bi

Do total de investimentos de empresas brasileiras no exterior, Europa é principal destino, com US$ 67 bilhões. Brasil diminui a diferença de seus fluxos bilaterais com o Velho Continente

Por Da Redação
8 abr 2013, 10h59

As empresas brasileiras são as que têm o maior estoque de investimentos na Europa entre todos os países dos Brics e, nos últimos quatro anos, o volume chegou a superar a todos as demais economias do bloco de emergentes, que contempla também Rússia, China, Índia e África do Sul.

Apesar de a crise na Europa ter gerado uma certa hesitação por parte de alguns segmentos de empresários brasileiros, analistas, executivos e o governo acreditam que o processo de internacionalização de empresas brasileiras vai continuar, sendo a Europa um dos focos.

A presença cada vez mais forte do empresariado brasileiro na Europa levou o governo de Dilma Rousseff a fechar um acordo com a União Europeia para tentar desenvolver um plano de cooperação no setor de investimentos, o que deve ocorrer nas próximas semanas. Na avaliação de diplomatas brasileiros, há até poucos anos falar de investimentos na agenda bilateral significava apenas tratar do fluxo que o Brasil recebia dos estrangeiros. Hoje, os interesses nacionais na Europa são considerados como estratégicos para os planos das multinacionais brasileiras.

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Há dez anos, para cada 10 euros investidos pelos europeus no Brasil, havia 1 euro brasileiro na Europa. Hoje, a diferença é bem menor. Os estoques de capital europeu no Brasil chegam a 180 bilhões de dólares, enquanto os brasileiros na Europa atingiram 67 bilhões de dólares em 2012. Em toda a América Latina, os investimentos brasileiros não superam a marca de 20 bilhões de dólares. No total, o estoque de investimentos de empresas brasileiras no exterior chega a 230 bilhões de dólares, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Nos últimos anos, o número de aquisições foi relevante. O JBS comprou abatedouros pela Europa e tem três fábricas de processamento de carne só na Itália, enquanto o grupo Camargo Corrêa comprou a cimenteira Cimpor, de Portugal, e a Embraer abriu, em Portugal, sua primeira fábrica de peças na Europa. Um dos aspectos da abertura de fábricas na Europa, segundo o próprio Itamaraty, é a capacidade que as empresas nacionais conseguem de acesso aos financiamentos dados pela Comissão Europeia.

O movimento de aquisição interessa aos europeus, principalmente nos países em dificuldades. Nos últimos meses, missões de governos e de empresários têm desembarcado em Brasília justamente para apelar para que as empresas nacionais invistam em seus mercados. Um deles foi o rei Juan Carlos. “A Espanha se transformou em uma base europeia para muitas empresas ibero-americanas e queremos que seja também para as brasileiras”, disse. Para Malcolm Lloyd, da consultoria PwC, “nas condições atuais, os investidores de países emergentes têm uma oportunidade única para realizar investimentos e ganhar vantagem competitiva em mercados maduros”.

(com Estadão Conteúdo)

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